O ex-presidente da Petrobras Aldemir Bendine permaneceu em silêncio ao ser levado a depor em um processo a que responde na Operação Lava Jato. Segundo o advogado Alberto Toron, que o defende, o cliente foi orientado a ficar calado e não responder as perguntas que lhe fossem dirigidas, porque a defesa diz que não teve acesso a documentos que considera relevantes para dar sequência ao processo. Aldemir Bedine foi acusado pelo Ministério Público Federal de receber R$ 3 milhões em propina da Odebrecht, para facilitar contratos entre a empreiteira e a estatal. A defesa nega as acusações. Antes de assumir a Petrobras, Aldemir Bendine era presidente do Banco do Brasil. Ele é o único ex-presidente da Petrobras que virou alvo de processo na Operação Lava Jato. Ele foi conduzido ao cargo na estatal pela ex-presidente Dilma Rousseff, após a saída de Graça Foster do comando da empresa. Antes disso, ele ocupava a presidência do Banco do Brasil.
O ex-presidente da Petrobras está preso desde o dia 27 de julho deste ano, quando a força-tarefa da Lava Jato deflagrou a 47ª fase da operação, denominada "Cobra". Segundo a Polícia Federal, o nome é uma referência ao codinome dado ao principal investigado nas tabelas de pagamentos de propinas apreendidas no Setor de Operações Estruturadas da Odrebrecht, durante a 23ª fase da operação. Além de Bendine, os irmãos André Gustavo Vieira e Antõnio Carlos Vieira, suspeitos de operar os repasses e lavar o dinheiro de propina, também devem prestar depoimento nesta quarta. Os outros réus, Álvaro José Novis, Marcelo Odebrecht e Fernando Reis já foram ouvidos por Sérgio Moro nesta ação penal.
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