

A precariedade das embarcações foi objeto de duas ações civis públicas ajuizadas em 2007 e 2014 pela promotora de Justiça Joseane Suzart. Na primeira, o Ministério Público alertou sobre inúmeras irregularidades no transporte de passageiros pelas embarcações, que colocavam em risco, diariamente, a segurança de centenas de pessoas. E em 2014, foi solicitada a reforma dos terminais e das embarcações, a renovação dos coletes salva-vidas e outras medidas que assegurassem a saúde e segurança dos usuários. As ações propostas pelo Ministério Público ainda aguardam decisão judicial.
Familiares
Na coletiva de imprensa concedida hoje pela manhã, a promotora de Justiça Joseane Suzart informou que os familiares das vítimas e outras pessoas que se sentiram lesadas em outras situações pela má prestação do serviço de transporte marítimo podem procurar o Ministério Público, no bairro de Nazaré, a partir desta segunda-feira, dia 28. Suzart explicou que os depoimentos dos familiares serão contemplados no pedido de indenização aos usuários das embarcações que realizam a travessia Salvador-Grande feito na ação civil pública em 2014. Não há necessidade de agendar o atendimento.
Segundo a promotora, há a possibilidade de ajuizamento de nova ação civil pública, mas isso depende das informações obtidas durante a apuração das causas do acidente, relativa às responsabilidades das empresas prestadoras do serviço e das autoridades responsáveis pela fiscalização. Ela afirmou que, embora ofício da Capitania dos Portos, de 2014, ateste a regularidade de 11 embarcações (sendo que mais duas estavam em processo de regularização), há de se apurar as reais condições da forma que o transporte estava sendo realizado, considerando lotação e utilização de equipamentos de segurança, como o salva-vidas, o que deveria ser observado pela agência estadual responsável pela regulação e fiscalização do transporte hidroviário intermunicipal, conforme a Lei 12.044/2011.
Fonte: Cecom/MP / Fotos: Rodrigo Tagliaro / Rodtag


