

A ação no STF foi apresentada pelo deputado Fernando Francischini (SD-PR) em 25 de abril. No dia seguinte, o ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso no tribunal, negou a liminar pedida pelo parlamentar. Mas a decisão definitiva ainda não foi tomada. O parecer de Janot será levado em conta quando isso ocorrer. Francischini argumentou que os projetos em discussão foram apresentados por senadores, o que não poderia ter ocorrido. Isso porque eles tratam de questões relacionadas ao exercício da magistratura e do Ministério Público. Segundo o deputado, isso caberia apenas ao STF e ao próprio Ministério Público. Janot não concordou com os argumentos.
O projeto de lei nº 280 de 2016 é de autoria do senador Renan Calheiros, investigado em vários inquéritos no STF, e foi interpretado como uma forma de retaliação. O de nº 85, de 2017, é de Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e é baseado em sugestões do próprio Janot, numa forma de atenuar a proposta de Renan. Em 26 de abril, o texto foi finalmente aprovado, sem as partes mais polêmicas, como crime de hermenêutica, ou seja, a possibilidade punir um juiz em razão da interpretação que ele faz da lei.
Em maio, foi encaminhado para análise do Câmara dos Deputados, que também precisa aprová-lo. Caso o texto seja mantido, segue para sanção da Presidência da República, onde existe a possibilidade de veto total ou parcial. Se houver alteração, volta para o Senado.
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