

A lista inclui ainda chocolates, refrigerantes, biscoitos, frutas, barras de cereais, entre outros. Há entre os pedidos marcas e sabores específicos de sorvetes, como o picolé de flocos com cobertura de chocolate branco, com referência à marca Tablito, por R$ 10,50 a unidade. Veja a lista completa e os preços aqui.
Entre as opções de almoço e jantar, o preço por cada unidade de refeição varia de R$ 75,96 a R$ 128,63. Já o valor do café da manhã vai de R$ 59,90 a R$ 96,43 por refeição.
A concorrência proposta pela licitação será vencida pela empresa que oferecer os produtos listados pelo menor preço – ou seja, o valor de R$ 1,75 milhão e demais preços são apenas uma referência do governo.
O G1 procurou a assessoria de imprensa do Planalto, e aguarda retorno. Na justificativa da licitação, o órgão apontou como razão da contratação dos serviços: “Considerando-se que as viagens da Presidência da República com utilização de meios aéreos ocorrerem, por vezes, em horários que coincidem com os estimados para a realização de refeições, faz-se mister a contratação de empresa especializada neste tipo de serviço, com fornecimento de material especificamente no Aeroporto de Brasília, em atenção aos mais altos padrões de higiene e segurança alimentar, cumprindo-se os horários e prazos imperativos a rotina de atividades presidenciais.”
Sobre os preços da lista de produtos presentes na licitação, Gil Castello Branco, fundador do site Contas Abertas, aponta que “o Governo Federal é o maior comprador do país, e, portanto, o natural seria usufruir de preços inferiores aos de mercado”.
“Os gastos são exorbitantes”, diz ele. “Diante dessa crise, o presidente deveria imediatamente cancelar essa licitação e adequá-la à realidade. Não há a menor necessidade de consumir essas iguarias durante um voo. O exemplo de austeridade tem que vir de cima, e o presidente tem agora uma ótima oportunidade de fazê-lo.”
Reprodução: G1


