

Maia havia anunciado na última semana que os principais pontos da reforma política iriam ao plenário nesta terça. A Câmara resolveu fatiar a proposta. Na última quarta-feira à noite, os deputados retiraram do texto o projeto de limitar os mandatos de juízes de instâncias superiores e rejeitaram o dispositivo que vinculava 0,5% da receita corrente líquida (RCL) ao fundo público para abastecer campanhas eleitorais. Não há consenso entre as lideranças dos partidos para aprovar as propostas da reforma política. Era desejo de Maia antecipar a votação do fim das coligações e a adoção da cláusula de barreira. Ainda não foram debatidas a implementação do “distritão” nem a criação do fundo que abastecerá campanhas com dinheiro público — propostas que contam com forte rejeição popular.
Prioridades
Fufuca declarou que a previsão é de que os três destaques da Medida Provisória que cria a Taxa de Longo Prazo (TLP), nova taxa de juros para empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), sejam votados nesta terça, e, em seguida, seja convocada uma sessão do Congresso para aprovar a mudança da meta fiscal para 2017 e 2018. Para a mudança da meta ir ao plenário, no entanto, os parlamentares precisam antes conseguir analisar os vetos que trancam a pauta e aprovar a proposta na Comissão Mista de Orçamento. “Será uma maratona. Em primeiro lugar, haverá a votação dos vetos. Logo após a CMO, nós colocaremos a TLP, e depois haverá nova sessão do Congresso”, disse Fufuca, que também espera entrar em um acordo com o governo para pautar a MP do Refis em plenário.
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