

Em 2016, a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) fez um acordo para reduzir a produção mundial em 3%, o que acaba elevando o preço.
Isso também mexe com os preços dos combustíveis no Brasil, diz o diretor do Clube do Petróleo do Rio de Janeiro, Mauro Kahn. Ele cita ainda as incertezas no mercado mundial com a posse de Donald Trump nos Estados Unidos e o desejo da Rússia, produtora de pe- tróleo, de ver uma cotação mais elevada da commodity.
A Petrobras determina o preço dos combustíveis para as refinarias, mas as reduções em outubro e novembro não foram repassadas para o consumidor final, nos postos de combustíveis. Os sindicatos alegaram que a alta no preço do etanol impediu o corte.
Após o aumento promovido em dezembro pela Petrobras refinarias, o reajuste de preços da gasolina nas bombas ganhou fôlego, com uma alta de quase 3% em sete semanas.
Dados da ANP ( Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) mostram ainda que o litro do combustível começou o ano em alta, de 0,48% no acumulado de 2017, atingindo R$ 3,773 na última semana.
O etanol também ficou mais caro nos postos. No acumulado do ano, a alta foi de 2,43%, para R$ 2,913 o litro.
Com isso, pela média nacional, a relação entre o preço do etanol e o valor da gasolina é de 77%. Segundo especialistas, o uso do derivado da cana-de-açúcar deixa de ser vantajoso quando o seu preço representa mais de 70% do valor da gasolina.
Reprodução: Metro Brasil BH


