Câmara de Salvador

Após filho atropelar maratonista, vereadora propõe interdição de vias para atividades físicas

Vereadora protocolou proposta nove dias após acidente em que seu filho atropelou um maratonista que treinava na orla da Pituba

Vereadora Débora Santana (PDT). Foto: Divulgação
Vereadora Débora Santana (PDT). Foto: Divulgação

A vereadora de Salvador, Débora Santana (PDT), apresentou à Câmara uma indicação em que propõe ao prefeito Bruno Reis (UB) a adoção de medida que prevê proteção para praticantes de atividades físicas na capital. A iniciativa ocorre após o filho da vereadora, Cleydson Cardoso Costa Filho, 26 anos, atropelar um maratonista na orla da Pituba no último dia 16 de agosto.

O texto protocolado nesta sexta-feira (25) sugere ao chefe do Executivo soteropolitano que promova um estudo de viabilidade técnica junto à Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador). Assim, o objetivo é verificar a possibilidade de interditar vias da capital para a prática de atividades físicas.

Na indicação, a legisladora sugere a interdição no horário de 5h a 8h, aos sábados e domingos.

O acidente

O atleta Emerson Pinheiro, 29 anos, treinava ao lado de colegas na orla da Pituba. O veículo dirigido por Cleydson Filho subiu a calçada, atingiu o corredor e um poste. Conforme nota divulgada na ocasião, a Polícia Militar informou que o condutor apresentava estado de embriaguez e foi levado para a Central de Flagrantes. Posteriormente, a Justiça decretou a prisão preventiva do filho da vereadora Débora Santana.

Emerson Pinheiro treinava para correr a Maratona de Buenos Aires em 21 de setembro. Ele foi socorrido para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde teve uma perna amputada.

Logo após Cleydson Filho ter a prisão decretada pela Justiça baiana, a vereadora pediu licença das atividades na Câmara pelo período de dois dias.

No último dia 21, a presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), deputada Ivana Bastos (PSD), exonerou Cleydson Filho do cargo comissionado de secretário parlamentar. Ele estava lotado em um gabinete atribuído ao deputado estadual Pedro Tavares (União Brasil).