A família de Mariana Bastos da Silva, uma das três mulheres assassinadas em Ilhéus, no sul da Bahia, levantou suspeitas sobre um ex-namorado da jovem com quem ela se relacionou até 2023.
O relacionamento, que não contava com a aprovação dos parentes, teria deixado Mariana emocionalmente abalada após o término, mas até o momento não há indícios de ameaças, nem perfil violento atribuído ao rapaz.
A Polícia Civil investiga se ele ou outra pessoa teria motivação ou envolvimento no crime. As informações são do Blog do Gusmão.
Mariana, de 20 anos, foi encontrada morta ao lado da mãe, Maria Helena do Nascimento Bastos, 41, e da amiga da família, Alessandra Oliveira Suzart, 45.
Os corpos estavam em uma área de mata no bairro Jardim Atlântico, no último sábado (16), um dia após as três desaparecerem durante uma caminhada na Praia dos Milionários, na zona sul da cidade.
Celulares
As vítimas não levaram os celulares no momento da caminhada. O aparelho de Mariana foi encontrado em casa pelo pai, Davi, e já está em posse da Polícia Civil.
O conteúdo deve ser analisado para verificar se havia alguma comunicação que indique ameaças ou comportamento suspeito envolvendo antigos contatos ou relacionamentos da jovem, que era estudante da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e morava em Ilhéus desde 2024.
Laços religiosos
As três mulheres participavam do projeto Florescer, uma iniciativa social independente de igrejas, e mantinham envolvimento com a fé cristã. Mariana e Maria Helena frequentavam a Igreja Santa Geração, no bairro do Malhado, enquanto Alessandra era membro da Igreja Casa do Pai, no bairro São Francisco.
O corpo de Alessandra foi levado para Vitória da Conquista, no sudoeste baiano, onde familiares, incluindo a mãe e irmãos, acompanharam o translado. Já Maria Helena e Mariana estão sendo veladas na Igreja Batista de Aurelino Leal, também na região sul, cidade onde moram outros parentes.
Polícia
A Polícia Civil ainda não identificou suspeitos para o triplo homicídio e investiga o caso em sigilo. Familiares afirmam que não havia relatos anteriores de ameaças contra as vítimas. A análise dos celulares e novos depoimentos devem ajudar a traçar as próximas linhas da investigação.