Megaoperação

Família de "Mata Rindo" faz vaquinha para trasladar corpo do Rio até cidade natal do traficante

Mata Rindo havia migrado para o Rio, assim como outros criminosos, em uma espécie de “intercâmbio do crime”

Reprodução/Redes sociais
Reprodução/Redes sociais

Entre os 121 mortos confirmados pelas autoridades do Rio de Janeiro durante a megaoperação contra o Comando Vermelho (CV) estava o traficante Lucas Gabriel Conceição, conhecido como Mata Rindo. Natural da cidade de Chapadinha, no interior do Maranhão, ele havia migrado para o Rio, assim como criminosos do Pará e da Bahia, em uma espécie de “intercâmbio do crime”.

Após a confirmação da morte, familiares iniciaram uma vaquinha online para ajudar nos custos do traslado do corpo até a cidade natal, onde ele deve ser sepultado.

“Estamos passando por um momento de muita dor com a partida do nosso irmão Lucas da Conceição. Neste momento difícil, a família está lutando para trazer o corpo dele de volta para o estado do Maranhão, para que possa ter uma despedida digna”, escreveu a família em uma publicação nas redes sociais.

Atuação

Mata Rindo atuava como vigia nas comunidades controladas pelo tráfico, sendo responsável por alertar os comparsas sobre a chegada da polícia e proteger os pontos de venda de drogas. Em suas redes sociais, ele se apresentava como “Luca” ou “Bé” e costumava exibir fotos armado.

A megaoperação ocorreu nos complexos da Penha e do Alemão. A maioria dos confrontos aconteceu em áreas de mata, onde mais de 70 corpos foram encontrados. Entre os 121 mortos, estavam também dois policiais civis e dois militares que integravam a força-tarefa.

Segundo o governo do Rio, 113 pessoas foram presas, sendo 33 delas oriundas de outros estados, como Amazonas, Ceará, Pará, Pernambuco e Bahia. Pelo menos dois baianos morreram e outros 16 foram capturados pelas forças de segurança.