Vale do São Francisco

Aumento descontrolado de cães e gatos em situação de rua vai parar na Justiça em cidade baiana

A promotora de Justiça Patrícia Camilo Silva afirmou que a existência de cães e gatos abandonados doentes, feridos e subnutridos na cidade representa riscos à saúde pública

Imagem ilustrativa: Pexels/Trid Duong/Reprodução
Imagem ilustrativa: Pexels/Trid Duong/Reprodução

A Prefeitura de Remanso, no território de identidade do Vale do São Francisco, se tornou alvo de uma ação na Justiça. O motivo foi a falta de cuidado dos cães e gatos em situação de rua. Nesse sentido, o Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), através da promotora de Justiça Patrícia Camilo Silva, foi quem abriu o processo contra o município.

De acordo com o órgão ministerial, o objetivo é garantir a implementação de políticas públicas voltadas ao controle de zoonoses e à proteção de animais abandonados nas vias públicas na cidade.

Irregularidades encontradas

Primeiramente, a ação se deu após a constatação da falta de um Centro de Controle de Zoonoses no município. O MP-BA também constatou a ausência de médico veterinário em atuação regular e a falta de campanhas permanentes de vacinação e castração de cães e gatos. Por fim, complementou a promotora de Justiça, o contexto apresentado culminou no aumento descontrolado da população de animais em situação de rua.

Na ação, o MP-BA requer que a Justiça determine:

  • Criação e estruturação de um Centro de Controle de Zoonoses
  • Implantação de um programa de controle populacional de cães e gatos por meio de castração e acompanhamento veterinário
  • Realização de campanhas periódicas de vacinação e vermifugação
  • Apuração dos casos de maus-tratos e abandono de animais, identificação dos tutores e encaminhamento à autoridade policial

Por fim, alegou a promotora de Justiça Patrícia Camilo Silva, a existência de animais abandonados doentes, feridos e subnutridos representa riscos à saúde pública.

“Apesar de o município alegar que algumas ações são realizadas por sua equipe de endemias, não houve comprovação das medidas anunciadas”, argumentou a promotora de Justiça.