Os servidores públicos do município de Salvador decidiram suspender, nesta quinta-feira (12), a greve iniciada no dia 27 de maio. O anúncio foi feito pelo Sindicato dos Servidores e Servidoras da Prefeitura de Salvador (Sindseps) após uma assembleia realizada pela categoria.
Em nota, o sindicato informou que os trabalhadores e trabalhadoras avaliaram o cenário atual da mobilização e esperam a retomada das reuniões da mesa permanente de negociações para tratativas a respeito da Campanha Salarial 2025.
“Com a decisão tomada pela categoria, esperamos que o prefeito Bruno Reis possa garantir sua afirmação de que retomaria a negociação. A suspensão do movimento é um passo importante diante do sufocamento protagonizado pela Prefeitura quando retém repasses financeiros, corta salários dos servidores e servidoras e ameaça a atividade sindical. Esperamos que imprensa e sociedade sigam conosco para acompanhar os próximos fatos, principalmente, no que diz respeito a palavra do prefeito que atenderá a categoria para retornar as negociações”, disse o coordenador geral do Sindseps, Everaldo Braga.
Greve declarada ilegal
Uma decisão expedida no dia 30 de maio pelo desembargador Manuel Carneiro Bahia de Araújo, do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), considerou ilegal a greve deflagrada pelos servidores públicos do município de Salvador.
Em sua decisão, o magistrado determinou a suspensão do movimento grevista e o retorno imediato de todos os servidores às suas atividades, sob pena de multa diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento.
A decisão atendia a um pedido da Prefeitura de Salvador, que alegou a ilegalidade do movimento grevista deflagrado pelo Sindseps.
Posteriormente, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) determinou o endurecimento das sanções contra o sindicato após o descumprimento da liminar que declarou ilegal a greve da categoria. A decisão, proferida pelo desembargador Manuel Carneiro Bahia, elevou a multa diária para R$ 100 mil e o retorno imediato dos servidores às atividades.
Além disso, o magistrado autorizou a Prefeitura de Salvador a bloquear os repasses das contribuições sindicais em proporção aos dias não trabalhados durante a paralisação.
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