Ter uma saúde financeira equilibrada é o sonho de muitas famílias brasileiras. No papel, até que pode funcionar, mas na hora de colocar em prática a situação é outra. Diante disso, o PS Notícias conversou com o economista Antônio Carvalho para dar algumas dicas de como ter um orçamento familiar eficiente.
O primeiro passo a ser dado é saber exatamente quais são as fontes de renda da família. Tudo deve ser colocado na ponta do lápis.
“Assim como nas empresas, o orçamento deve ter como base as receitas (fontes de renda), considerando os salários, benefícios e quaisquer outras fontes de renda e, a partir daí, planejar os gastos dimensionando-os, para caibam no limite da renda. É importante considerar se a renda é linear (igual ou quase igual todos os meses como os salários de empregados CLT, aposentadorias e benefícios) ou se varia a cada período como os empregadores e profissionais liberais”.
Principais erros
Dentre os principais erros que as famílias cometem, o mais comum é o de não se organizar e gastar “como se não houvesse amanhã”. O especialista cita outras atitudes que muita gente pratica, mas deveria repensar.
“A não seleção de prioridades é outro erro comum, resultando no gasto com supérfluos e faltando dinheiro para itens essenciais; e, o mais comum é considerado o pior de todos: o uso desregrado do crédito, muitos confundem os limites (de cartão e de cheque especial) com renda, criando a famosa “bola de neve”, com endividamento e pagamento de juros de mora.
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Nesses momentos, se tem um item que ajuda bastante e não pode faltar em nenhuma casa é o velho caderninho de anotações. As planilhas e os aplicativos ajudam quem é mais tecnológico a planejar melhor as finanças. Mas quem prefere os meios digitais deve ter cuidado com o acesso a dados bancários, que muitos aplicativos costumam solicitar.
Reserva de emergência
Dinheiro e doença têm uma coisa boa em comum: a prevenção. Estar prevenido é o melhor remédio para minimizar os impactos na vida financeira da família. A reserva de emergência protege as pessoas de imprevistos. É o que alerta o especialista.
“No planejamento orçamentário, não considerar o total da renda para gastar, criar uma reserva de emergência a partir de uma poupança, mesmo que pequena, considerar esse valor como um compromisso e reservá-lo todos os meses, assim, quando houver necessidades imprevistas, essa reserva será a salvaguarda”.
Dicas para uma vida financeira saudável
Toda família tem direito a ter um momento de lazer. Mas para que isso aconteça sem prejudicar a saúde financeira é preciso se planejar. Com isso, o economista Antônio Carvalho dá três dicas de como manter o equilíbrio financeiro.
- tenha consciência de renda, ou seja, conheça a sua renda, planeje, respeite e controle o uso, no seu limite;
- crie uma hierarquia de consumo (dos itens mais essenciais para os menos essenciais) para evitar “cair em tentação” e gastar com banalidades;
- estabeleça um plano de poupança “quase obrigatória” para gerar uma reserva de emergência e de aposentadoria e use os instrumentos de crédito de forma racional, usufruindo dos benefícios (milhagens, cashback) sem confundi-los com renda e cair na armadilha do endividamento.
