Um estudante do Colégio Estadual da Bahia (Central), em Salvador, criou um revestimento para casas a partir de resíduos marinhos. Guilherme de Jesus teve a ideia a partir da observação do descarte que é feito com frutos do mar, a exemplo das lambretas, cascas de caranguejo e conchas do mar.
Para Guilherme, o reaproveitamento do material orgânico marinho que iria para o lixo é uma maneira de produzir economia azul.
“Pensamos, por que não usar esse material a favor da economia circular e da economia azul, para melhorar tanto a estética quanto a estrutura das casas da cidade? Como Salvador é uma cidade costeira, a maresia acaba afetando as paredes, tornando-as menos resistentes. Foi com esse objetivo em mente que surgiu o projeto”.
O projeto que está na fase de teste tem apresentado resultados positivos. Além da estética, as placas também têm durabilidade, pois impedem a absorção de água nas construções das casas. Uma das professoras orientadoras de Guilherme fala sobre a importância dos estudantes observarem os problemas sociais da cidade para desenvolver projetos como esse.
“Temos problemas em grande escala, mas se não conseguirmos resolver os desafios da nossa comunidade, não conseguimos avançar em questões mais amplas, como sustentabilidade ou eficiência energética. Esse exercício para os estudantes é justamente olhar para a sua comunidade, identificar problemas e pensar em soluções”, afirmou Valéria Danielly Bezerra.