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Quatro anos sem Marília Mendonça: mulheres seguem expansão do "feminejo" nas plataformas digitais

A cantora e outras quatro pessoas foram vítimas de um acidente aéreo em 2021

Veja o resumo da noticia

  • Nesta quarta-feira (5), completa quatro anos desde a morte de Marília Mendonça
  • Artista morreu em um acidente aéreo em 2021, que vitimou outras quatro pessoas
  • Apesar da tragédia, o legado da cantora segue presente na vida de fãs e artistas
Foto: Reprodução/Instagram @mariliamendoncacantora
Foto: Reprodução/Instagram @mariliamendoncacantora

Quatro anos se passaram desde 5 de novembro de 2021, dia em que o Brasil perdeu Marília Mendonça, um dos principais nomes da música sertaneja, aos 26 anos. A cantora, juntamente com o produtor Henrique Ribeiro, o tio e assessor Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto Geraldo Medeiros e o copiloto Tarciso Pessoa Viana, foram vítimas de um acidente aéreo, na cidade de Piedade de Caratinga, no interior de Minas Gerais.

A aeronave colidiu com cabos de uma torre de distribuição elétrica momentos antes da queda, cerca de 4 km antes do local em que ocorreria o pouso. A tragédia causou grande comoção nacional e mobilizou fãs e artistas.

Apesar do pouco tempo de vida e carreira, o trabalho de Marília impactou a vida de uma legião de admiradores e abriu caminho para diversas outras mulheres que cantam sertanejo. Antes da artista, o gênero era amplamente dominado por homens mas, através da representatividade, ela rompeu barreiras e consolidou o protagonismo feminino nos palcos através de um discurso de força e empoderamento.

Mesmo quatro anos após a morte, o movimento que ela impulsionou segue firme. O que já vinha em constante crescente, segue em expansão desde 2021 nas plataformas digitais.

O legado

Antes mesmo de se tornar a “rainha da sofrência”, Marília Mendonça já era uma das compositoras mais requisitadas do sertanejo. Ela começou a escrever músicas ainda na adolescência e, aos 12 anos, já tinha letras gravadas por artistas regionais.

Entre os sucessos, antes dela se tornar se tornar famosa, estão:

  • Cuida Bem Dela — Henrique & Juliano
  • Até Você Voltar — Henrique & Juliano
  • Calma — Jorge & Mateus
  • Ser Humano ou Anjo — Matheus & Kauan
  • É Com Ela Que Eu Estou — Cristiano Araújo

Em 2015, Marília decidiu subir ao palco e dar voz às próprias histórias, explodindo com “Infiel” e “Eu Sei de Cor”, tornando o sertanejo feminino um fenômeno nas paradas musicais.

Referência para outras mulheres

A partir da estreia e dada aceitação nacional, cantoras que já atuavam no sertajeo ganharam mais destaque. Além disso, inúmeras outras surgiram devido à projeção. Entre as artistas impactadas estão Maiara & Maraisa, Simone & Simaria, Lauana Prado, Mari Fernandez, Ana Castela e Julia & Rafaela.

Um levantamento do Spotify Brasil indica que o consumo de músicas de artistas mulheres cresceu 252% entre 2018 e 2023. Embora o relatório não detalhe apenas o sertanejo, o gênero tem papel central nesse avanço.

Em 2024, segundo relatório da Spotify, artistas femininas brasileiras tiveram suas streams internacionais aumentadas em 51%.

De acordo com a plataforma, Marília Mendonça segue entre as artistas femininas mais ouvidas do país, mesmo quatro anos após sua morte. Assim, ela ficou entre as dez artistas brasileiras mais escutadas no Spotify, ao lado de Ana Castela, Mari Fernandez, Luísa Sonza e Maiara & Maraisa.

Agora, Ana Castela é apontada como a cantora sertaneja com maior número de ouvintes mensais no Spotify. Em março de 2024, ela obteve cerca de 17 milhões de ouvintes mensais.

Simone Mendes com 11,2 milhões, Mari Fernandez com 10,9 milhões, bem como Lauana Prado com 10,2 milhões também figuram entre as cantoras femininas de sertanejo com destaque no streaming.

Dupla feminina de sertanejo muito relevante, Maiara & Maraisa fecham o top 5 em ranking das duplas sertanejas mais ouvidas.

Além disso, no YouTube Music, clipes de cantoras sertanejas acumulam bilhões de visualizações. O destaque vai para “Leão”, na voz de Marília, e “Pipoco”, de Ana Castela.