No segundo domingo de junho (8), o bairro de Cajazeiras, em Salvador, vai sediar mais uma edição do Cajarriê, movimento cultural que celebra o samba junino. Este ano, em comemoração aos 11 anos de existência, o evento vai reunir nomes da música local em uma mistura de ritmos que vai do samba ao arrocha e terá transmissão da rádio Salvador FM (92.3).
O arrastão, que vai se concentrar a partir das 12h na Rótula da Feirinha, promete embalar os forrozeiros e foliões até o Campo da Pronaica com muito licor e atrações como: Samba de Tamanco, Edy Lucena, Samba Comunidade, Willian San, Samba Jake, Samba Fogueirão, Xinelo de Couro e Samba Fama.
A camisa que garante o passaporte para o evento pode ser adquirida no Shopping Cajazeiras.
“O público pode esperar, nesse dia 8 de junho, um dos maiores Cajarriês já realizados. São 12 atrações, tendo o pagode, o samba junino, o samba duro e o arrocha. Uma festa que será maravilhosa, com fé em Deus, com muita animação. Com a distribuição de licor no percurso todo para os foliões do Cajarriê. Festa maravilhosa e com muita paz. São 11 anos já de Cajarriê, sem índice nenhum de violência, graças a Deus. Uma festa muito boa, uma festa familiar”, conta Marquinhos Fama, um dos organizadores do evento, ao PS Notícias.
‘Todos participam, ganham e ficam felizes’
Além da manutenção cultural, o organizador do Cajarriê destaca a importância do evento para a economia local.
“Isso tudo gera uma economia muito grande para o bairro, desde o catador de latinha até o vendedor de amendoim. A economia fica bastante alta dentro do bairro e é uma cultura que nós trazemos para dentro do bairro de Cajazeiras onde todos participam, ganham e ficam felizes”, destaca Marquinhos Fama.
Quem vê a tradicional festa acontecendo há mais de dez anos, não imagina os desafios por trás do evento em Cajazeiras. O organizador Maquinhos Fama ressalta que todos os anos surgem novas demandas para a realização do evento.
“Começa pela liberação do espaço até a limpeza do espaço, ou seja, da rua. São vários desafios. Desafios para fazer uma camisa, desafios para conseguir um trio elétrico, desafios para as taxas, as taxas públicas, desafios para os grandes, para os sanitários públicos que precisam no percurso, desafios para as bandas. São inúmeros desafios, mas no final tudo dá certo, com muita luta e trabalho”, pontua Fama.
O samba junino
Reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de Salvador, o samba junino é a grande estrela do Cajarriê. Subgênero do samba, o junino é executado na Bahia normalmente durante o São João e tem origens ligadas ao candomblé e às festas de caboclo.
A celebração do samba junino em comunidades fortalece a permanência da cultura local, é o que diz o organizador do evento.
“Olha, pra gente isso é muito importante, essa permanência, essa existência do samba junino. Eu que vim do samba fama, pra mim é muito importante a cultura junina, do samba duro, do samba junino, do samba de roda e hoje eu coloquei isso dentro do bairro de Cajazeiras”, orgulha-se.
A grande novidade é a junção do samba junino com outros ritmos ao longo do Cajarriê.
“Estamos inovando o samba junino com alguns ritmos: o ritmo do pagode baiano, o ritmo do arrocha e com isso criei uma expectativa muito grande dentro do bairro, trazendo da criança até o velhinho de 94 anos que sai conosco. Isso é muito bom, muito gratificante”, celebra Marquinhos Fama.
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