A Justiça condenou Max Willian Alves Batista dos Santos a 14 anos de prisão, em regime inicialmente fechado, pelo homicídio qualificado de Robson Ferreira Silva. O crime ocorreu em outubro de 2019 e estava relacionado à disputa entre facções criminosas na cidade baiana de Macarani. O Tribunal do Júri no município decidiu pela condenação de Max Santos em sessão realizada no último dia 10 de julho.
O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), autor da ação, informou que o réu foi condenado por homicídio qualificado por motivo torpe, pois teria dificultado a defesa da vítima.
Disparo à queima-roupa
De acordo com a denúncia oferecida pelo MP-BA, por meio do promotor de Justiça Mateus de Souza Alves Cavalcanti, o crime aconteceu durante uma festa no Parque de Exposições de Macarani, na madrugada de 20 de outubro de 2019.
A vítima, apontada pelas investigações da Polícia Civil como integrante de uma facção rival à do réu, foi surpreendida com um disparo à queima-roupa. Ela não teve qualquer chance de defesa. O denunciado fugiu do local logo após o crime.
As investigações mostraram que, momentos antes do homicídio, o réu gravou um vídeo em que aparecia com dois comparsas dizendo estarem “doidos para matar alguém”. O celular utilizado foi posteriormente entregue a um adolescente como pagamento por uma distração feita para facilitar a execução do crime.
O homicídio foi cometido apenas quatro dias após o líder de uma facção criminosa obter liberdade condicional.
“Trata-se de uma condenação de alta relevância para a população de Macarani, no sudoeste baiano, e significa um grande avanço na atuação do Ministério Público no enfrentamento aos crimes violentos relacionados ao tráfico de drogas”, afirmou o promotor Mateus Cavalcanti.