Julgamento

PGR pede a condenação dos réus do "núcleo quatro" da trama golpista

No process, grupo é acusado de liderar rede de desinformação

Foto: Antonio Augusto/STF
Foto: Antonio Augusto/STF

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (3), a condenação dos integrantes do chamado “núcleo quatro” do processo que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Segundo as alegações finais, o grupo de sete réus teria atuado de forma coordenada com o núcleo central da trama e usado a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para disseminar notícias falsas. 

O objetivo seria enfraquecer as instituições democráticas, atacar o processo eleitoral e  ministros do STF.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que a denúncia se baseia em provas produzidas pelo próprio grupo, como planos apreendidos, diálogos documentados e bens públicos deteriorados.

“O uso indevido da estrutura do Estado foi essencial para a manipulação e distorção de informações sensíveis contra o sistema eletrônico de votação e as autoridades em exercício nos poderes estabelecidos”, pontuou Gonet.

Fazem parte do grupo:

  • Ailton Gonçalves Moraes Barros, ex-major da reserva do Exército;
  • Martins Denicoli, major da reserva do Exército;
  • Carlos Cesar Rocha, presidente do Instituto Voto Legal;
  • Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército;
  • Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel do Exército;
  • Marcelo Araújo Bormevet, agente da Polícia Federal;
  • Reginaldo Vieira de Abreu, coronel do Exército.

Crimes atribuídos aos réus:

  • Organização criminosa armada;
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Tentativa de golpe de Estado;
  • Dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.