A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (3), a condenação dos integrantes do chamado “núcleo quatro” do processo que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
Segundo as alegações finais, o grupo de sete réus teria atuado de forma coordenada com o núcleo central da trama e usado a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para disseminar notícias falsas.
O objetivo seria enfraquecer as instituições democráticas, atacar o processo eleitoral e ministros do STF.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, afirmou que a denúncia se baseia em provas produzidas pelo próprio grupo, como planos apreendidos, diálogos documentados e bens públicos deteriorados.
“O uso indevido da estrutura do Estado foi essencial para a manipulação e distorção de informações sensíveis contra o sistema eletrônico de votação e as autoridades em exercício nos poderes estabelecidos”, pontuou Gonet.
Fazem parte do grupo:
- Ailton Gonçalves Moraes Barros, ex-major da reserva do Exército;
- Martins Denicoli, major da reserva do Exército;
- Carlos Cesar Rocha, presidente do Instituto Voto Legal;
- Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército;
- Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel do Exército;
- Marcelo Araújo Bormevet, agente da Polícia Federal;
- Reginaldo Vieira de Abreu, coronel do Exército.
Crimes atribuídos aos réus:
- Organização criminosa armada;
- Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- Tentativa de golpe de Estado;
- Dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.