Ação penal

STF inicia julgamento do Núcleo 4 da trama golpista com sete réus

Ação é analisada pela Primeira Turma da Corte, presidida pelo ministro Flávio Dino

Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF
Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira (14) o julgamento do Núcleo 4 da trama golpista, composto por sete réus acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de tentativa de golpe de Estado.

De acordo com a denúncia, eles são apontados como responsáveis por espalhar notícias falsas sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas e por atacar instituições e autoridades.

Na ação penal, os réus respondem por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

O Núcleo 4 é o segundo a ser julgado pela Primeira Turma do STF. O julgamento do Núcleo 1, considerado o grupo central da trama golpista, terminou em 11 de setembro e resultou na condenação de todos os oito réus, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O julgamento do Núcleo 3, com mais dez réus, começará em 11 de novembro e deve terminar no dia 19. Já o julgamento do Núcleo 2, último da série, está programado para ocorrer de 9 a 17 de dezembro.

Entenda o julgamento do Núcleo 4:

Formato e datas das sessões

O julgamento será presencial, com sessões em quatro datas. 

Nos dias 14 e 21, haverá sessões pela manhã, das 9h às 12h, e à tarde, das 14h às 19h. Nos dias 15 e 22, as sessões ocorrerão apenas pela manhã, das 9h às 12h.

Trâmite

O primeiro dia de julgamento será destinado às sustentações orais das defesas e da acusação, feita pela PGR.

A sessão começará com a leitura do relatório pelo ministro Alexandre de Moraes. Em seguida, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, responsável pela acusação, fará sua manifestação.

Depois, a defesa de cada réu, em ordem alfabética, terá até uma hora para apresentar seus argumentos.

Votos

Encerradas as manifestações, o ministro Alexandre de Moraes apresentará seu voto, com a análise dos fatos, provas e argumentos, e se pronunciará pela condenação ou absolvição de cada réu.

Conforme o Regimento Interno do STF, os demais integrantes da Turma votam em ordem crescente de antiguidade no Tribunal, ficando por último o presidente. 

Assim, após o relator, votam os ministros Cristiano Zanin e Luiz Fux, a ministra Cármen Lúcia e, por fim, o ministro Flávio Dino.

Réus

  • Ailton Moraes Barros, ex-major do Exército;
  • Ângelo Denicoli, major da reserva do Exército;
  • Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, presidente do Instituto Voto Legal;
  • Giancarlo Rodrigues, subtenente do Exército;
  • Guilherme Almeida, tenente-coronel do Exército;
  • Marcelo Bormevet, agente da Polícia Federal;
  • Reginaldo Abreu, coronel do Exército.