
“Eu quero justiça. Eu quero paz.” O desabafo emocionado de dona Luciana resume o sentimento de revolta e impotência de quem perdeu uma filha de apenas 12 anos para a violência. Yasmin Sacramento Damascena foi morta com um tiro na cabeça no início da noite desta quarta-feira (5), na Rua Mamorana, em São Caetano, quando saiu de casa para chamar uma amiga da mesma idade para brincar.
Abalada, dona Luciana pediu, às vésperas do sepultamento da pequena, que a morte da filha não caia no esquecimento. “Eu quero justiça. E quero paz na favela, paz para a população. Porque sou uma mãe que perdeu sua filha. Até quando outras mães vão chorar por causa de uma bala perdida? A gente precisa de paz em Salvador”, disse durante entrevista à Record Bahia.
Segundo ela, Yasmin era uma criança alegre, com deficiência intelectual, e sonhava apenas em brincar como qualquer menina da sua idade. “Minha filha era tudo pra mim. Uma criança especial, que só queria brincar. Eu não estou comendo, não estou dormindo. Estou sofrendo pela minha filha. Eu perdoo, mas quero justiça. Que a justiça da Terra seja feita, e a do Céu vai se cumprir”, desabafou.
A Polícia Civil investiga de onde partiu o disparo que matou Yasmin e apura se o crime tem relação com a troca de tiros registrada no bairro no mesmo horário. Até o momento, ninguém foi preso.


