

Conforme o delegado Carlos Habib, diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom), unidade que está à frente das investigações, até agora, nenhum suspeito foi identificado e o que dificulta a apuração dos casos é a falta de informações precisas sobre o suspeito de cometer as agressões. A polícia agora está em busca de imagens que possam ajudar nas investigações.
“A gente não tem uma convergência de informações. Cada delegacia esta conduzindo sua própria investigação. A gente tem certeza que não se trata da mesma pessoa, até porque as características físicas são muito divergentes apontadas pelas vítimas entre uma pessoa e outra. Nós estamos buscando imagens, tanto de via publica, como de entidades particulares”, disse.
Conforme o delegado, uma das vítimas ouvidas pela polícia conseguiu fornecer dados suficientes para a confecção de um retrato falado. O caso foi registrado na 11ª Delegacia, em Itapuão. Conforme o delegado Antônio Carlos Magalhães, titular da unidade policial, o retrato falado feito com base nas informações da vítima ouvida na delegacia ainda está no Departamento de Polícia Técnica (DPT) e deve ser divulgado ainda nesta semana.
A maioria das ocorrências aconteceu no bairro da Ribeira, na Cidade Baixa. Também foram registrados ataques nos bairros da Liberdade, São Cristovão, Fazenda Coutos e nas Avenidas Sete de Setembro e Joana Angélica, no centro da cidade.
A polícia também não sabe, por enquanto, o que foi ingetado nas vítimas das agressões. "O exame do conteúdo da seringa só vai poder ser realizado quando houver apreensão da seringa. O que a gente tem são vitimas que foram encaminhadas para fazer pericia, e a partir do exame de sangue dessas vitimas [vai ] se saber que tipo de material biológico ou químico foi injetado nessas pessoas", afirmou o delegado Carlos Habib.
Quem tiver informações que possam auxiliar a polícia na identificação e captura do suspeito dos ataques com seringas,pode ligar para o Disque – Denúncia (3235-0000) ou para 190. Não é necessário identificar-se.
Casos
O Hospital Couto Maia, unidade especializada em doenças infectocontagiosas, já atendeu dez casos de pacientes que chegaram relatando terem sido furados por seringa nas ruas da capital baiana. O balanço foi divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) na sexta-feira (21).
No mesmo dia, o G1 esteve na unidade de saúde, e conversou com um dos pacientes que sofreram agressão.
O aposentado Roberto Rivelino Costa Alves, 46 anos, contou que foi atacado por um indivíduo no dia 11 de outubro, em Salvador. No Couto Maia, ele foi medicado.
O aposentado Roberto Alves contou que estava na Cidade Baixa, quando um homem o atacou. "Veio por trás e me furou no antebraço com a seringa. Eu me assustei e perguntei por que ele fez isso, mas ele disse para eu me afastar e ficou apontando a seringa para mim. Em seguida, ele saiu correndo. Era moreno, tamanho mediano, forte, sem barba, e tinha aparência de uns 20 anos. Isso aconteceu semana passada [terça,11], entre 9h e 10h da manhã", relatou.
Reprodução/G1


