
O ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, foi preso nesta terça-feira (25) e iniciou o cumprimento da pena de 24 anos de prisão. Ele foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por integrar o chamado “núcleo crucial” da tentativa de golpe de Estado após a derrota de Jair Bolsonaro para Lula nas eleições de 2022.
Garnier, que vai cumprir pena na Estação Rádio da Marinha, em Brasília, é natural do Rio de Janeiro. Ele foi homenageado em duas ocasiões na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).
Leia também:
PF prende ex-ministros de Bolsonaro Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira
Moraes determina início do cumprimento da pena de 27 anos e 3 meses de Bolsonaro
Em maio de 2018, Almir Garnier, que comandava o 2º Distrito Naval, recebeu o Título de Cidadão Baiano do Legislativo estadual após sugestão do deputado Angelo Almeida (PSB). Em seu discurso, Almeida enalteceu o currículo e a história do homenageado.
“Vejo as honrarias concedidas pelas casas legislativas com extrema seriedade. Elas são uma forma de reconhecimento, um ato que os colocam como exemplo pelo que se propuseram a fazer, por suas ações e atuações. Por isso me sinto honrado de ser o proponente desse título, que faz justiça à história de vida do comandante Almier Garnier Santos e seu envolvimento com a Bahia”, afirmou o deputado, atual secretário estadual de Desenvolvimento Econômico.
Já em novembro de 2019, o ex-chefe do 2º Distrito Naval foi homenageado na Alba com a maior honraria do Parlamento: a Comenda 2 de Julho. Na ocasião, ele ocupava o posto de secretário-geral do Ministério da Defesa. A homenagem foi proposta pelo ex-deputado e ex-presidente da Casa, Marcelo Nilo.
Acusações
Almir Garnier foi condenado pelo STF por cinco crimes:
- Organização criminosa armada
- Tentativa de golpe de Estado
- Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
- Dano qualificado contra patrimônio da União
- Deterioração de patrimônio tombado
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o ex-comandante da Marinha foi o único dos três comandantes das Forças Armadas que manifestou apoio ao plano de golpe de Estado. Ele teria colocado as tropas da Marinha à disposição de Jair Bolsonaro.


