
A Polícia Civil da Bahia deflagrou, na manhã desta terça-feira (18), a segunda fase da “Operação USG”. A ação é conduzida pelo Departamento de Repressão e Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (Draco-LD) e pela Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR), com cumprimento de mandados em cidades da Bahia e do Piauí. O objetivo é avançar nas investigações sobre um esquema de desvio de recursos públicos.
As equipes realizam buscas em endereços de médicos, ex-secretários municipais de saúde, agentes políticos e clínicas que tinham contratos com o município. Todos são suspeitos de participar do esquema que, segundo a investigação, desviou mais de R$ 12 milhões. Nesta etapa, também estão sendo bloqueadas contas bancárias e sequestrados bens dos investigados e de três clínicas apontadas como parte da estrutura usada pela organização criminosa.
As apurações indicam que o grupo utilizava clínicas de fachada e contratos superfaturados para justificar pagamentos por serviços médicos que nunca ocorreram. Entre as fraudes identificadas estão exames incompatíveis com a demanda real do município, plantões fictícios, listas de pacientes com dados irregulares e notas fiscais criadas para encobrir atendimentos inexistentes.
A nova fase da operação foi deflagrada após a análise de documentos e mídias apreendidas em dezembro de 2024, na primeira etapa da Operação USG. Esse material trouxe novos indícios e permitiu identificar mais envolvidos no esquema.
Cerca de 80 policiais participam da operação, com equipes do Draco-LD, da DECCOR, da 11ª Coorpin (Barreiras/BA) e da Polícia Civil do Piauí.


