Delegado nega ter sido mandante de mortes de informantes envolvidos em caso de desvio de armas

As investigações da Polícia Civil apontam que o delegado manteve contato telefônico direto com uma das fontes, mas a conversa não foi registrada formalmente

TV Aratu / Reprodução
TV Aratu / Reprodução

O delegado Nilton Tormes apresentou sua versão sobre a operação que apreendeu uma submetralhadora, seis fuzis e mais de mil munições, realizada há um ano. Hoje, ele e outros policiais enfrentam acusações de desviar pistolas e de envolvimento na morte de dois homens apontados como informantes.

Ao ser questionado sobre a presença de informantes na ação, Tormes negou.

“Nós estávamos com policiais. Não havia informante e nem colaborador. Nós fizemos a busca no local, policiais militares tinham informações que foram repassadas e nós os acompanhamos até o local. Porque surgiu isso, também não sei explicar. Nós trabalhamos com indícios e provas, não trabalhamos com achismos. A Polícia Civil trabalha com fatos e evidências”, afirmou no programa Alô Juca.

As investigações da Polícia Civil apontam que o delegado manteve contato telefônico direto com uma das fontes, mas a conversa não foi registrada formalmente após a recusa dessa pessoa em depor.

Durante o depoimento, Tormes também negou a presença de Joseval Santos Souza e Jeferson Sacramento Santos no local da apreensão. Os dois, segundo a acusação, teriam sido levados como informantes e foram encontrados mortos dias depois.