As investigações do Ministério Público da Bahia (MP-BA) revelaram que a ex-diretora do Conjunto Penal de Eunápolis, Joneuma Silva Neres, teria atuado politicamente em benefício de uma organização criminosa.
Segundo o MP, ela intermediava encontros entre criminosos e candidatos nas eleições de 2020 em troca de apoio e dinheiro.
De acordo com informações da TV Bahia, Joneuma mantinha uma relação com o detento foragido Ednaldo Pereira de Souza, conhecido como “Dadá”. Juntos, segundo o MP, eles negociavam votos por R$ 100 para apoiar candidaturas no sul do estado.
Encontros políticos dentro do presídio
O documento aponta que Joneuma facilitou encontros entre Dadá e o ex-deputado federal Uldurico Jr. (MDB), à época candidato a prefeito de Teixeira de Freitas. Também participava das reuniões o então candidato a vereador Cley da Autoescola (PSD), de Eunápolis.
Os encontros teriam ocorrido dentro do presídio, com suposto apoio da ex-diretora, que evitava registros nas câmeras de segurança. Ainda segundo o MP, a atuação de Joneuma teria rendido até R$ 1,5 milhão. No entanto, a defesa dela nega.
‘Eleitores cativos’
A principal moeda de troca, segundo os investigadores, era o fornecimento de “eleitores cativos” — presos provisórios com direito ao voto, além de familiares e amigos ligados à facção.
Os votos eram negociados por dinheiro, e a promessa era de que Uldurico Jr. manteria Joneuma no cargo, representando os interesses da organização criminosa.
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