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'Fábio Tatuagem': saiba quem é o criminoso que receberia celulares de major da PM

Fábio Tatuagem está preso desde julho de 2024. Ele possui condenações por tráfico de drogas e associação para o tráfico

major preso ao tentar enviar celular para Fábio Tatuagem
Reprodução

Fábio Rocha Lima, conhecido como “Fábio Tatuagem”, seria o detento que receberia aparelhos telefônicos do major Almir Bispo dos Santos Filho no Complexo Penal da Mata Escura, em Salvador.

O militar, que trabalhava na coordenação de planejamento operacional do Batalhão de Guardas (BG) da Polícia Militar, foi flagrado no momento em que passava os telefones para a tia do criminoso. Ele foi exonerado do cargo. Os dois teriam se encontrado anteriormente na coordenação de segurança da unidade prisional.

O PS Notícias teve acesso a investigações que apontam Fábio Tatuagem como o principal responsável pela lavagem de dinheiro da facção Bonde do Ajeita (BDA), grupo criminoso ligado ao Comando Vermelho (CV), que atua em diversas regiões de Salvador.

O criminoso é suspeito de movimentar mensalmente entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões em recursos ilícitos oriundos do tráfico de drogas.

Fábio Tatuagem está preso desde julho de 2024. Ele possui condenações por tráfico de drogas e associação para o tráfico, além de uso de documento falso, posse ilegal de arma de fogo e receptação.

Fábio Tatuagem e a Facção BDA

O criminoso passou a maior parte do tempo fora de Salvador, residindo na cidade de Fortaleza, no Ceará, para onde teria se deslocado com o intuito de dificultar o monitoramento pelas autoridades baianas.

Ele é apontado como braço direito de Washington David Santos da Silva, o “Boca Mole” ou “Escobar”, apontado como líder do BDA. O chefe da facção já foi hóspede de Fábio na capital cearense após romper a tornozeleira eletrônica imposta pela Justiça baiana, conforme revelou as investigações.

Antes de se mudar para o Ceará, Fábio teria mantido contato direto com Boca Mole e prestava contas semanalmente em um condomínio de alto padrão, na Avenida Paralela. A suspeita é de que ele utilizava restaurantes e outros estabelecimentos comerciais como fachada para lavar os recursos ilícitos da facção.

Atuação

O Bonde do Ajeita tem atuação na localidade de Cirlândia, em São Caetano, e vem tentando retomar territórios perdidos em locais como Boa Vista de São Caetano, Capelinha, Barroquinha, Borel e Locovi.