Reidson da Cruz Barros, conhecido como Berel, é o mais novo integrante do Baralho do Crime da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), passando a ocupar a carta 3 de Espadas. Ele é apontado como braço-direito de Bruno Teixeira da Silva, o Bruno Cabeça, líder da facção criminosa Kabeça Linha Verde (KLV), que atua em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
Em maio deste ano, a Vara do Júri e Execuções Penais de Camaçari decretou a prisão preventiva de Berel, Bruno Cabeça e outros cinco suspeitos, acusados do sequestro de três jovens e da execução de um deles, crime ocorrido em 2013 na localidade de Barra do Jacuípe.
Atuação da Facção KLV
De acordo com as investigações, a facção KLV é conhecida pelo uso sistemático da violência como estratégia de dominação territorial. Práticas como homicídios, torturas e sequestros são utilizadas como forma de demonstração de poder.
A vítima assassinada teria sido condenada à morte pelo grupo após os criminosos descobrirem que ele era morador do Nordeste de Amaralina, em Salvador, área sob domínio do Comando Vermelho (CV), facção rival. Além disso, mensagens e conteúdos no celular do jovem faziam referência ao CV, o que teria motivado a execução.
Crimes
O mesmo grupo liderado por Bruno Cabeça e operado por Berel também é apontado como responsável pela morte do policial militar Eduardo Olímpio Santos Filho, de 43 anos, assassinado com quatro tiros durante um dia de folga, na orla do distrito de Monte Gordo, também em Camaçari. O PM tinha mais de 20 anos de serviço na corporação.
Bruno Cabeça foi preso em abril deste ano, em uma cobertura de luxo avaliada em R$ 5 milhões, localizada em São Paulo. No momento da prisão, ele estava acompanhado por suas duas esposas.