Familiares de Marcelo de Oliveira Brandão, assassinado na noite de segunda-feira (22), no bairro de Paripe, no Subúrbio de Salvador, negam que ele tenha cometido crime de estupro contra uma criança. O estofador de 47 anos foi morto a tiros no imóvel onde morava e trabalhava na Rua Iriguaçu, na região da Cocisa. O local onde Marcelo consertava sofás foi incendiado no dia seguinte ao homicídio [vídeo abaixo].
Marcelo teria sido executado por traficantes. Segundo informações iniciais, o crime tem relação com uma foto que passou a circular nas redes sociais, onde o estofador era chamado de “estuprador safado”. Na imagem dividida aparecem duas fotos – uma de Marcelo e outra de uma menina. A acusação colocou ele na mira do “tribunal do crime”.
A família do homem afirma que a imagem foi tirada de contexto. “Ele não era estuprador, ele era uma pessoa trabalhadora e a foto é fake. A criança que aparece na foto já tem uns 22 anos agora, é uma pessoa adulta”, afirmou uma irmã de Marcelo de Oliveira, em entrevista ao programa Alô Juca, da TV Aratu.
De acordo com a mulher, Marcelo foi casado com a avó da menina que aparece na foto. O relacionamento chegou ao fim há aproximadamente dois anos e ele já estava casado com outra pessoa. Entretanto, segundo afirmou um irmão do estofador, Marcelo tinha atualmente um relacionamento extraconjugal com a jovem – já adulta – antes tratada como neta.
O caso é investigado pela 3ª Delegacia de Homicídios (DH/BTS). “Diligências são realizadas pela unidade policial especializada para esclarecer a autoria, circunstâncias bem como motivação do crime”, informou a Polícia Civil após o crime.
Peças-chave na investigação
No programa televisivo, a irmã e o irmão de Marcelo, que não tiveram os nomes divulgados, apelaram para que a jovem se apresente à polícia e preste depoimento. “Limpar a memória de uma pessoa falecida”, defendeu a irmã.
Os familiares questionam o paradeiro da mulher que morava com Marcelo de Oliveira, de prenome Natali. Conforme revelaram, o casal havia se separado há cerca de duas semanas.
“Ninguém sabe onde Natali está”, afirmou o irmão do estofador. “Não foi para o velório, não se comunicou com a gente mais. Como ela disse que amava ele, era para estar presente”, lamentou a irmã, afirmando que “a família está sendo injustiçada”.
Procurada pelo PS Notícias nesta sexta-feira (26), a assessoria da Polícia Civil informou que não dispõe de atualizações sobre o caso.