
O Júri Popular envolvendo os acusados pelo feminicídio da cantora gospel Sara Freitas foi remarcado para o próximo dia 24 de fevereiro. A informação foi confirmada pelo advogado Otto Lopes, que representa o réu Ederlan Mariano.
O julgamento dos três denunciados chegou a ser iniciado na última terça-feira (25), na cidade Dias D’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador. Entretanto, o Júri foi interrompido após os 14 advogados de defesa abandonarem o plenário sob a alegação de total falta de condições para a realização do julgamento.
Defesa aponta risco, improviso e falta de isonomia
A decisão de abandonar o júri foi tomada de forma conjunta pelos advogados defensores, que classificaram o ambiente do fórum como “inadequado e inseguro”. Para Otto Lopes, o espaço não comportaria um julgamento que tende a durar de dois a três dias e envolve três réus — Ederlan, Weslen Pablo Correia de Jesus e Victor Gabriel Oliveira Neves.
Segundo ele, a sala destinada ao júri não oferecia sequer estrutura básica para as bancadas:
“Não há estrutura física, nem de segurança. É um julgamento com três réus e duração longa. A defensoria só tinha quatro lugares disponíveis. O próprio Ministério Público estava posicionado em pé, ao lado do local onde os jurados ficariam sentados, o que comprometeria a imparcialidade do julgamento”, denunciou o advogado.
Ainda segundo Otto Lopes, os jurados foram “contaminados” antes do início do julgamento. Isso porque, eles presenciaram o momento em que os réus chegaram ao fórum e foram hostilizados pela população que os aguardavam no local.


