Violência

Mãe de jovem autista morto no Rio Sena questiona paradeiro de cordão de identificação de TEA

De acordo com moradores e familiares, Marcos foi atingido ao sair de casa para buscar o sobrinho na escola

Foto: Reprodução
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A mãe de Marcos Vinícius Alcântara, jovem morto durante uma ação da Polícia Militar no bairro do Rio Sena, no Subúrbio de Salvador, vem questionando o paradeiro do crachá que identificava o filho como autista. O cordão colorido de identificação é utilizado para auxiliar casos de suporte ao indicar o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Em entrevista à TV Bahia, Maria do Carmo afirmou que o jovem estava utilizando o crachá quando saiu de casa e foi baleado. No entanto, conforme relatado pela mãe, Marcos deu entrada no Hospital do Subúrbio sem o cartão que identificava a condição de TEA. Além disso, relatou que uma das testemunhas foi ignorada pelos policiais ao alertar sobre a condição da vítima.

“Meu filho estava com o cordão. Cadê o cordão de meu filho?”, questionou Maria do Carmo durante a entrevista.

Jovem assustado em meio ao tiroteio

De acordo com moradores e familiares, Marcos foi atingido por disparos de arma de fogo no final da tarde de segunda-feira (22), ao sair de casa para buscar o sobrinho na escola. Ele teria se assustado durante uma ação policial no bairro. O jovem correu e acabou baleado.

A vítima chegou a ser levada para o Hospital do Subúrbio, mas não resistiu aos ferimentos. Revoltada, a comunidade bloqueou ruas, ateou fogo em pneus e entoou palavras de ordem contra a violência policial.

Versão da PM

Em nota, a Polícia Militar informou que policiais da Rondesp BTS, ao atenderem a uma ocorrência de troca de tiros entre grupos criminosos, na tarde de segunda-feira (22), na Rua da Bomba, bairro Rio Sena, foram recebidos a disparos e, durante a incursão, localizaram Marcus Vinicius Alcântara, de 26 anos, ferido. Ainda segundo a PM, a vítima foi imediatamente socorrida ao Hospital do Subúrbio, mas, apesar do pronto atendimento médico, não resistiu.