
Um empresário de 44 anos foi preso na quarta-feira (12), suspeito de atuar como o principal operador financeiro de uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e homicídios no sul da Bahia. A prisão ocorreu por meio de mandado temporário durante a Operação Mandrack, deflagrada pela Polícia Civil.
As investigações indicam que o suspeito administrava o fluxo financeiro do grupo. Ele seria responsável por movimentar, ocultar e reinserir no mercado formal os lucros obtidos com o tráfico, usando empresas de fachada. Também cabia a ele coordenar o repasse de valores entre membros da quadrilha.
A polícia afirma ainda que o empresário fornecia apoio econômico a um dos líderes da facção, morto em confronto em etapa anterior da operação. Considerado o segundo na hierarquia do grupo, ele teria influência direta no controle do tráfico e na coordenação de execuções em Porto Seguro.
Relatórios de inteligência identificaram movimentações superiores a R$ 2,8 milhões feitas por uma empresa de varejo de vestuário registrada em seu nome. A polícia também detectou transações suspeitas de cerca de R$ 1,48 milhão em contas bancárias de familiares, principalmente da companheira, o que reforça o uso de terceiros para ocultar a origem ilícita dos recursos.
Impacto financeiro e próximos passos da investigação
A Operação Mandrack já bloqueou aproximadamente R$ 14 milhões em contas bancárias, atingindo de forma significativa a estrutura financeira da organização criminosa.
O suspeito segue à disposição da Justiça e aguarda audiência de custódia. As investigações continuam para identificar outros envolvidos e rastrear o patrimônio obtido com as atividades ilegais.


