
Dois irmãos, de 21 e 22 anos, e uma mulher, de 18, foram presos na terça-feira (16), suspeitos de envolvimento no desaparecimento do mineiro Daniel Araújo Gondim, de 25 anos. As prisões ocorreram nos municípios de Vera Cruz e Itaparica, durante a Operação Cobrança Final, que investiga a extorsão mediante sequestro da vítima.
O jovem foi visto pela última vez no dia 8 de outubro, na Ilha de Itaparica, na Região Metropolitana de Salvador.
A Delegacia Especializada Antissequestro (DAS), vinculada ao Departamento Especializado de Investigações Criminais (DEIC), investigou o caso. Dessa forma, durante as apurações, os agentes identificaram cinco envolvidos no crime, entre mandante, beneficiários e executores. O Juízo das Garantias da capital baiana deferiu as prisões temporárias de todos os suspeitos.
Durante o cumprimento dos mandados e buscas nas casas dos suspeitos, os policiais apreenderam celulares que passarão por perícia para ajudar nas investigações e identificar outros possíveis envolvidos. Um dos aparelhos era da própria vítima. Além disso, os policiais também apreenderam uma arma de fogo calibre 9 mm, o que resultou na prisão em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.
O desaparecimento
No dia em que desapareceu, Daniel entrou em contato com familiares pedindo depósitos sob a alegação de que se tratava de uma situação “de vida ou morte”. Segundo a polícia, uma foto da vítima com uma arma apontada para a cabeça foi enviada para a família. Além disso, mensagens com frases atribuídas a uma facção criminosa foram publicadas nas redes sociais dele.
Assim, a família informou que chegou a fazer duas transferências, totalizando R$ 3 mil. Desde então, não há notícias sobre o paradeiro de Daniel, que saiu da casa onde morava na Bahia dirigindo seu próprio carro.
Morador de Itapecerica, no Centro-Oeste de Minas Gerais, Daniel costumava viajar para Salvador. Lá, passava cerca de 20 dias por mês vendendo panelas, perfumes e roupas nas portas de casas.


