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Quem é “Jossa”, apontado como mandante da morte de “Oh Original”

Jesseir, conhecido como "Jossa", foi preso nesta segunda-feira (15), em São Paulo. Além do cantor, um casal também foi executado

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Apontado pela polícia como o suposto mandante do assassinato do cantor de pagodão baiano Leonardo Serpa, conhecido como “Oh Original”, Jesseir Santos Cordeiro, o “Jossa”, tem uma extensa ficha criminal, marcada por homicídio, porte ilegal de armas e envolvimento com drogas. Ele foi preso nesta segunda-feira (15), em São Paulo.

No mesmo episódio em que o artista foi morto, um casal também foi executado. As vítimas foram identificadas como Anderson de Oliveira Souza, de 29 anos, e Leonarda Bárbara Gomes dos Santos, de 27. O crime ocorreu em frente a uma lanchonete em Massaranduba.

Conforme apurado pelo PS Notícias, o primeiro crime grave atribuído a Jossa ocorreu em 2013, em Saubara, no Recôncavo baiano. De acordo com a denúncia do Ministério Público, ele teria matado Adelson Ramos, de 58 anos, com quatro golpes de arma branca, após uma sequência de agressões motivadas pelo uso de cocaína.

Testemunhas relataram que o acusado estava alterado, ameaçando pessoas com uma garrafa quebrada e, depois, com uma peixeira. O laudo pericial confirmou ferimentos profundos, incluindo um corte que expôs alças intestinais da vítima.

Ao ser interrogado, Jossa admitiu o crime e afirmou que usava cocaína de forma constante. Chegou a dizer que a agressão contra o idoso não era “covardia”, justificando que teria agido em “defesa”.

Já em abril de 2021, Jesseir voltou a ser preso, dessa vez em Feira de Santana. Policiais militares encontraram em sua residência um revólver calibre .38, municiado com seis cartuchos, comprado na “feira do rolo” da Baixa do Fiscal, em Salvador, por R$ 4 mil.

Na época, ele confessou o porte ilegal de armas e disse que adquiriu a arma para defesa pessoal, já que tinha passagens anteriores por homicídio.

A denúncia descreve ainda que ele tentou fugir pelos fundos da casa quando os policiais chegaram, pulando muros de residências vizinhas. Detido, acabou admitindo o crime na presença de um advogado.

No processo, Jesseir disse ser taxista, viúvo, pai de dois filhos e morador de Salvador. Em juízo, negou uso atual de drogas, mas confirmou já ter sido preso anteriormente. Também tentou contestar a apreensão da arma, afirmando que ela não estava em sua casa e que teria sido apresentada apenas na delegacia.