O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a soltura do capitão da Polícia Militar, Mauro das Neves Grufeld. A decisão foi assinada, nesta segunda-feira (6), pelo ministro Og Fernandes. De acordo com as palavras do ministro, não há fundamentação concreta na prisão preventiva. O ministro também considerou que o capitão é réu primário.
Mauro Neves Grunfeld foi preso na operação “Fogo Amigo”, que investiga uma organização criminosa especializada na venda de armas e munição ilegais para facções de Alagoas, Bahia e Pernambuco. De acordo com as investigações, em Salvador, as vendas eram realizadas para uma facção criminosa que domina o bairro do Nordeste de Amaralina.
A prisão foi realizada pelo Ministério Público, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), e pelas Polícias Federal e Militar.
Durante a “Operação Fogo Amigo“, que levou à prisão do PM, foram apreendidas uma arma de fogo registrada em nome de terceiro, uma grande quantidade de munições de diversos calibres e documentos de transporte de mercadorias, evidenciando seu envolvimento no comércio ilegal. Registros financeiros mostraram que o policial transferiu R$ 87.330,00 para outro membro da organização criminosa em 35 transações, comprovando sua participação ativa na quadrilha.
Preso duas vezes
Preso duas vezes
O capitão da PM foi preso pela primeira vez no dia 21 de maio de 2024. Ele foi localizado em um imóvel na Graça. Em seguida ele foi libertado após a defesa conseguir a revogação de sua prisão preventiva.
Após recurso do Ministério Público, a Justiça baiana entendeu que as circunstâncias que levaram à prisão preventiva inicial não haviam mudado. Foi expedido um novo mandado de prisão, que foi cumprido no dia 27 de julho de 2024.
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