
Três dos quatro acusados de participação no assassinato da cantora Sara Freitas irão a júri popular no próximo dia 25 de novembro, em Dias d’Ávila, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O crime ocorreu em outubro de 2023, quando a vítima foi morta com 27 facadas. O corpo dela foi encontrado parcialmente carbonizado.
Entre os réus estão o ex-companheiro de Sara, Ederlan Santos Mariano, apontado como mandante do crime, além de Victor Gabriel Oliveira Neves e do Weslen Pablo Correia de Jesus, conhecido como bispo Zadoque. O motorista Gideão Duarte Lima, que conduziu a cantora ao local onde foi assassinada, já foi julgado anteriormente e condenado a 20 anos e 6 meses de prisão.
Investigação
De acordo com o Ministério Público da Bahia, Ederlan teria planejado o assassinato junto com os demais envolvidos, motivado por questões financeiras. A cantora acreditava que participaria de um culto de mulheres em Dias d’Ávila, mas acabou atraída para uma emboscada. Após o crime, os suspeitos teriam retornado ao local dois dias depois para atear fogo ao corpo, com o objetivo de dificultar as investigações.
O advogado da família, Rogério Matos, afirmou, em entrevista à Record Bahia, que a expectativa é de novas condenações. “Foi um crime bárbaro, meticulosamente planejado. A família de Sarah espera por justiça e confia no trabalho da Justiça baiana”, declarou.
Acusação
Os acusados respondem por homicídio triplamente qualificado, feminicídio, ocultação de cadáver e associação criminosa. Ederlan chegou a conceder entrevistas sobre o desaparecimento da vítima antes de ser apontado como responsável pelo crime. Investigações revelaram que, logo depois da morte, ele levou o celular de Sara a uma loja no bairro da Valéria, em Salvador, e mandou apagar todos os dados.


