O motorista de aplicativo William Santos Souza, de 36 anos, procurou a delegacia de Ilhéus, no sul da Bahia, para registrar um boletim de ocorrência depois que seu nome passou a circular nas redes sociais como suposto envolvido no assassinato de três mulheres na cidade.
Ele gravou um vídeo negando qualquer participação no crime e denunciou que imagens de seu perfil em uma plataforma de transporte foram compartilhadas em grupos de WhatsApp como se ele fosse o responsável pelo triplo homicídio.
“Estou nesta noite na delegacia porque alguém teve a infeliz ideia de sair postando um print da minha conta como se eu fosse o criminoso que cometeu aquela tragédia na Zona Sul”, afirma William na gravação. “Vim prestar queixa, fazer minha defesa e deixar claro que não tenho nada a ver com isso. Não conheço as vítimas, tenho álibi, sei onde estive o dia inteiro e tenho testemunhas.”
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O motorista também relatou que começou a receber ameaças depois que os boatos se espalharam. “Esse tipo de brincadeira é sacanagem. Uma coisa dessas destrói a vida de um cidadão de bem. Eu podia estar rodando, ganhando meu dinheiro, mas estou aqui, me resguardando. Estou cheio de ameaças, recebi várias mensagens no WhatsApp me perguntando o que aconteceu e nem eu sabia. Toda minha família está desesperada”, desabafa.
Investigação do caso
A Polícia Civil ainda não identificou suspeitos nem prendeu ninguém até o momento. Em nota, informou que a família das vítimas havia registrado o desaparecimento das três mulheres e que diligências já estavam em andamento quando os corpos foram encontrados. Imagens de câmeras de segurança da região serão recolhidas e analisadas para auxiliar na identificação dos autores.
As vítimas, Alexandra Oliveira Suzart, 45 anos; Maria Helena do Nascimento Bastos, 41; e a filha dela, Mariana Bastos da Silva, 20, estavam desaparecidas desde sexta-feira (15), quando saíram para passear com um cachorro na Praia dos Milionários. Equipes da polícia localizaram os corpos no sábado (16), em uma área de mata no bairro Jardim Atlântico. O Departamento de Polícia Técnica (DPT) recebeu as guias para perícia.
