O deputado estadual Adolfo Menezes (PSD) comentou, nesta terça-feira (6), durante coletiva, sobre a polêmica fala do governador da Bahia Jerônimo Rodrigues (PT), que afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus eleitores deveriam ir “para a vala”.
A frase do petista causou impacto entre os opositores, que repudiaram. Inclusive, o próprio Bolsonaro comentou sobre o assunto em suas redes sociais, declarando que a fala de Jerônimo “normaliza o ódio”.
Para Menezes, contudo, a frase dita pelo governante não passou de um “erro”. “Todo homem público que fala de improviso, é natural que uma hora, de milhares de discursos que você faz, cometa algum erro. Todo mundo conhece o governador Jerônimo, sabe que é um homem temente a Deus e, por ser temente a Deus, não tem sentido desejar a morte de ninguém”, defendeu.
Ainda no discurso em defesa do petista, Adolfo relembrou uma fala do então presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC), que chamou aposentados de “vagabundos” em um determinado discurso ocorrido em 1998.
“Foi ato falho do governador, é natural que a oposição fique fazendo toda essa onda, faz parte da política. O governador já se desculpou. Ele viu que cometeu um ato falho, a forma de ele falar não ficou bem”, declarou.
O deputado também comparou a declaração de Jerônimo com diversas outras falas de Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19. Para o político, algumas atitudes do direitista foram ainda piores.
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“Muito pior do que isso, Bolsonaro, quando era presidente, por seus exemplos de não acreditar na vacina, de dizer que quem tomasse a vacina poderia virar jacaré, causar a morte de milhares e milhares de brasileiros. A gente não pode esquecer que o Brasil foi um dos países onde mais morreu gente na época do Covid no mundo inteiro. Então isso foi muito pior”, opinou.
Fala de Jerônimo
A fala do governador Jerônimo Rodrigues aconteceu durante um discurso feito em uma agenda no município de João Dourado, na última sexta-feira (2). No dia, ele relembrou de algumas situações envolvendo Bolsonaro na época da pandemia.
“Tivemos um presidente que sorria daqueles que estavam na pandemia, sentindo falta de ar. Ele vai pagar essa conta dele e quem votou nele podia pagar também a conta. Fazia no pacote. Bota uma ‘enchedeira’. Sabe o que é uma ‘enchedeira’? Uma retroescavadeira, bota e leva tudo para a vala”, disse.
Na segunda-feira (5), ao ser questionado por jornalistas, o governador se desculpou e disse que a fala foi “descontextualizada”.
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