Veja o resumo da noticia

  • ALBA aprova lei que proíbe homenagens a pessoas ligadas à ditadura militar em prédios e eventos públicos estaduais na Bahia.
  • A lei visa preservar a memória democrática e o respeito aos direitos humanos, seguindo critérios das Comissões da Verdade.
  • Deputado Robinson Almeida destaca que a lei reafirma valores democráticos e honra a memória de quem lutou pela liberdade.
  • O projeto considera o período de 1964-1985, marcado por violações de direitos humanos e repressão política no Brasil.
  • Bahia segue exemplo de outros estados, como Pernambuco, na defesa da memória, verdade histórica, direitos humanos e democracia.
Foto: Divulgação
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A Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) aprovou, em sessão plenária realizada nesta segunda-feira (22), o Projeto de Lei nº 23.596/2019, de autoria do deputado estadual Robinson Almeida (PT), que proíbe a utilização de nomes de pessoas associadas ao regime da ditadura militar (1964–1985) em prédios, obras e equipamentos públicos estaduais. A proposição também veda a realização de eventos oficiais que promovam ou homenageiem o período autoritário, bem como o repasse de recursos públicos para iniciativas com esse objetivo.

Com a aprovação em plenário, a ALBA conclui a tramitação legislativa de uma matéria que estabelece diretrizes para a preservação da memória democrática e o respeito aos direitos humanos no âmbito da administração pública estadual. O texto determina que órgãos e entidades do Estado observem critérios objetivos para a aplicação da norma.

Preservação da Memória Democrática

Robinson Almeida destacou que o projeto reafirma valores democráticos consolidados pela Constituição Federal de 1988.

“Democracia não se negocia. Essa lei honra a memória de quem lutou pela liberdade e reafirma que o Estado brasileiro não pode prestar homenagens a um período marcado pela repressão e pela violação de direitos”, afirmou o parlamentar.

O projeto tem como referência o contexto histórico de 1964, dando início a um regime que perdurou por 21 anos. No período, houve graves violações de direitos humanos, incluindo prisões políticas, perseguições, restrições às liberdades civis e mortes de opositores do regime.

“A Bahia agora tem uma lei contra atos administrativos que promovam ou homenageiem a ditadura militar e afrontam a Constituição e os valores democráticos que custaram caro ao povo baiano e brasileiro”, pontuou o deputado.

O parlamentar ressaltou ainda que iniciativas semelhantes em outros estados da Federação, como Pernambuco, que editou legislação com o mesmo propósito em 2019. Para Robinson, a aprovação do projeto na Bahia coloca o Estado na vanguarda das políticas de preservação da memória.