O vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados, Capitão Alden (PL-BA), não descartou nesta sexta-feira (8), em entrevista ao PS Notícias, a possibilidade de os parlamentares da bancada entrarem com um pedido de cassação contra o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).
A intenção, reforçada pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), é uma reação à declaração de Alcolumbre de que não pautará o pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mesmo após o número de assinaturas necessárias.
“O afastamento é previsto regimentalmente e essa medida não é descartada pela bancada. Embora esteja como presidente do Senado Federal, ele precisa entender que foi eleito pela maioria dos senadores para representar o parlamento”, disse o deputado.
Alden acrescentou que, além da pressão dos parlamentares, há provas de que o ministro Alexandre de Moraes age de forma “parcial” em julgamentos que miram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados.
“Entendemos que, pelas diversas razões que já estão postas, é importante que o Senado Federal se posicione sobre as ilegalidades cometidas por um único homem que tem se colocado acima dos Três Poderes e anulado decisões majoritárias da Câmara e do Senado. Isso afronta o equilíbrio dos Três Poderes”, disparou.
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“Fato histórico”
Para Capitão Alden, as 41 assinaturas obtidas pela oposição para abrir o processo formal de impeachment contra Alexandre de Moraes no Senado representam um feito “histórico”. Se Davi Alcolumbre reconsiderar, o país pode ter o primeiro ministro da Suprema Corte afastado.
“Temos 41 assinaturas de senadores que se manifestaram a favor da abertura de um processo de impeachment contra Moraes. É um fato histórico. Nunca houve essa quantidade de senadores e nunca existiu na história um impeachment de ministro do Supremo. Talvez Alcolumbre possa repensar essa sua decisão.”
Entenda
Desde que Moraes determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na segunda-feira (4), a oposição tem pedido a aprovação do chamado “pacote da paz”.
Entre as propostas estão o impeachment de Alexandre de Moraes, o projeto que concede anistia aos envolvidos nos atos criminosos de 8 de janeiro de 2023, e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê o fim do foro privilegiado.
