Câmara de Salvador

Após morte de mulher a marretadas, vereadoras cobram debate sobre feminicídio na Bahia

Contadora Laina Santana, de 37 anos, foi assassinada pelo marido na frente das filhas

Foto: Divulgação/CMS
Foto: Divulgação/CMS

O feminicídio da contadora Laina Santana Costa Guedes, de 37 anos, morta a marretadas pelo companheiro na terça-feira (17), provocou indignação entre vereadoras da Câmara Municipal de Salvador (CMS).

Isabela Sousa, presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Mulher Periférica, repudiou o crime e cobrou rigor da Justiça para punir agressores de mulheres vítimas de violência de gênero.

“É preciso que a Justiça atue com todo o rigor da lei para punir os agressores. Só assim conseguiremos interromper esse ciclo de violência e dar uma resposta firme à sociedade. Reafirmo meu compromisso de fazer do meu mandato um instrumento para fortalecer a rede de proteção, cobrar políticas públicas e lutar para que nenhuma mulher seja mais uma estatística”, afirmou.

Foto: Divulgação/CMS (Isabela Sousa)

A vereadora Marta Rodrigues (PT), por sua vez, ressaltou a necessidade de um compromisso coletivo para combater a violência de gênero.

“Não podemos descansar enquanto mulheres seguem sendo mortas e violentadas. Precisamos ter, enquanto sociedade, um compromisso de lutar incansavelmente pelo fim de toda e qualquer violência contra a mulher”, disse a petista. 

Foto: Divulgação/CMS (Marta Rodrigues)

O crime ocorreu em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, e foi presenciado pelas filhas do casal, de 12 e 5 anos. Ramon de Jesus Guedes, suspeito do feminicídio, teve a prisão convertida em preventiva pela Justiça da Bahia.

Criação de força-tarefa

A líder da bancada de oposição na Câmara Municipal, vereadora Aladilce Souza (PCdoB), propôs a criação de uma força-tarefa para debater o feminicídio no estado. A Polícia Civil já registrou 60 casos neste ano, ante 106 em 2024.

“Um cenário inaceitável, que exige urgentemente uma força-tarefa para buscar soluções e novas estratégias de combate, a fim de inibir tanta brutalidade. Não podemos mais nos limitar a denunciar ou cobrar rigor nas investigações. É preciso encarar o problema com profundidade”, defendeu Aladilce.

Foto: Divulgação/CMS (Aladilce Souza)