O deputado estadual Binho Galinha teve a filiação ao Partido Renovação Democrática (PRD) suspensa na terça-feira (14), 11 dias após ser preso. Suspeito de comandar uma milícia responsável por lavagem de dinheiro há mais de uma década, ele está custodiado no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador.
Segundo o PRD, a suspensão da filiação será mantida até o julgamento do mérito final do processo. A partir desta quarta-feira (15), o gabinete do deputado deverá ser formalmente comunicado, e ele passará a constar como “sem partido”.
Binho Galinha foi preso no dia 3 de outubro e, por dois dias, chegou a ser considerado foragido, pois não foi localizado pelas autoridades durante o cumprimento do mandado de prisão no âmbito da Operação Anômico, em 1º de outubro.
Na última sexta-feira (10), uma votação secreta realizada na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) decidiu que o deputado continuaria preso em Salvador. Ao todo, 34 parlamentares votaram a favor da manutenção da prisão, 18 pela soltura, 1 se absteve e 10 não compareceram à votação.
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Entenda
Binho Galinha é apontado como líder de organização criminosa com atuação principalmente na região de Feira de Santana, cidade a 100 km de Salvador.
Segundo investigações das operações ‘El Patrón’ e ‘Estado Anômico’, o grupo é responsável por delitos como lavagem de dinheiro, obstrução da justiça, jogo do bicho, agiotagem, receptação qualificada, comércio ilegal de armas, usurpação de função pública, embaraço a investigações e tráfico de drogas.
O parlamentar já responde a duas ações penais, denunciado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) em fevereiro deste ano e em dezembro de 2023.