Política

Capitão Alden critica Jerônimo por permitir mordomias a presos na Lemos Brito: ‘Só se vê na Bahia’

Para deputado, imagens de regalias em celas são motivo suficiente para queda do governador

Foto: Reprodução/ Redes Sociais
Foto: Reprodução/ Redes Sociais

O deputado federal Capitão Alden (PL-BA), vice-líder da bancada de oposição na Câmara, criticou nesta terça-feira (22) o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), por legitimar mordomias a presos ligados a facções criminosas na Penitenciária Lemos Brito, no bairro da Mata Escura, em Salvador.

Segundo o parlamentar, a situação divulgada na mídia representa motivo suficiente para a queda de toda a cúpula da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) e do governador do Estado.

“Imagine garrafa de uísque, perfumes, banheiro exclusivo e toda a mordomia do mundo para vagabundos na prisão. Isso só se vê na Bahia. É assim que Jerônimo Rodrigues diz combater as facções criminosas? Espero que os órgãos competentes não se calem diante de algo tão grave”, disparou Alden.

O deputado baiano afirmou ainda que Jerônimo não demonstra comprometimento em combater o avanço das facções criminosas na Bahia e destacou que “em nenhum lugar do mundo se combate o crime dando privilégios aos criminosos presos”.

Entenda o caso

A Polícia Civil da Bahia abriu um inquérito para investigar mordomias descobertas no Módulo V da Penitenciária Lemos Brito pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) em 2023.

O ponto de partida da investigação foi uma revista minuciosa no prédio, realizada pela Seap após a fuga de sete presos em outubro daquele ano.

Imagens anexadas ao inquérito revelaram que um grupo ligado a uma facção criminosa com atuação na Bahia vivia em celas com uísque, perfumes importados, camas individuais, móveis planejados, televisão e até banheiro privativo.

Reprodução/Redes Sociais

Após a vistoria, a direção da Seap restabeleceu os padrões legais exigidos pela legislação. Com a repercussão do caso, o então secretário da pasta, José Antônio Maia, afirmou que não tinha conhecimento das regalias.