Política

De olho em 2026, União Brasil e PP oficializam federação partidária

Junção pode provocar mudanças no governo Lula e no cenário político na Bahia; entenda

Foto: Deenis William/Câmara dos Deputado
Foto: Deenis William/Câmara dos Deputado

Apesar dos rumores de perda de força, a Federação União Progressista (UPB) será oficializada na tarde desta terça-feira (19). União Brasil e PP realizam uma convenção no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, com a participação de representantes de ambos os partidos.

A parceria entre União Brasil e PP já havia sido anunciada em abril deste ano, após meses de discussão e disputa por protagonismo. 

Os dois partidos atuarão em conjunto, como se fossem uma única legenda, pelos próximos quatro anos. 

A federação formará o maior bloco partidário na Câmara dos Deputados, com 109 parlamentares, e o segundo maior no Senado, com 15 senadores.

Até dezembro, a presidência da UPB será compartilhada entre o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, e o presidente do Progressistas, Ciro Nogueira. Ao final do ano, uma eleição definirá a nova composição da direção.

Participação dos partidos no governo Lula

Atualmente, União Brasil e PP ocupam quatro ministérios no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT):

União Brasil

  • Celso Sabino – Ministro do Turismo
  • Waldez Góes – Ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional
  • Frederico de Siqueira – Ministro das Comunicações

PP

  • André Fufuca – Ministro do Esporte

Apesar de adotar um tom oposicionista ao criar a federação, as siglas não devem se desligar imediatamente do governo federal.

A expectativa é que os ministros permaneçam nos cargos até abril do próximo ano, quando começarão os preparativos para a disputa eleitoral de 2026.

Impacto na Bahia

Com a oficialização da federação, o cenário político na Bahia pode mudar na próxima janela partidária, de 6 de março a 5 de abril de 2026, quando deputados federais e estaduais poderão trocar de partido sem perder o mandato.

Na Assembleia Legislativa, os seis deputados estaduais do PP, atualmente alinhados ao PT, articulam deixar a legenda para manter a aliança com o governador Jerônimo Rodrigues e evitar integrar a base da oposição, liderada por ACM Neto (União Brasil).