Corregedor da Câmara dos Deputados

Deputado baiano define punições para bolsonaristas que ocuparam plenário da Câmara

Corregedor propôs que três parlamentares sejam denunciados ao Conselho de Ética

Diego Coronel (PSD). Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Diego Coronel (PSD). Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

O deputado federal baiano Diego Coronel (PSD), corregedor da Câmara dos Deputados, concluiu a análise das representações feitas pela Mesa Diretora sobre os parlamentares bolsonaristas envolvidos na ocupação do plenário no início de agosto. O grupo ocupou a Casa em protesto contra a prisão domiciliar imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Em seu parecer opinativo, Diego Coronel sugeriu à Mesa Diretora que os casos de três deputados sejam encaminhados ao Conselho de Ética. Nestes casos, os comportamentos foram considerados mais graves. Para os demais envolvidos, foi recomendada censura escrita.

O deputado com maior punição prevista é Marcos Pollon (PL-MS). O parecer do corregedor recomenda a suspensão do mandato pelo período de 120 dias. Pesou contra ele o fato de ter proferido declarações difamatórias contra o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB). Outro detalhe que agravou a punição foi a ocupação que Pollon fez da cadeira da Presidência da Câmara durante o ato.

Para os deputados Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Zé Trovão (PL-SC), Diego Coronel propôs a suspensão do mandato pelo período de 30 dias por obstruírem a cadeira da Presidência da Câmara.

Por fim, foi recomendada censura escrita para todos os deputados envolvidos nas representações: Marcos Pollon, Marcel Van Hattem, Zé Trovão, Allan Garcês (PP-MA), Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ), Caroline de Toni (PL-SC), Domingos Sávio (PL-MG), Julia Zanatta (PL-SC), Nikolas Ferreira (PL-MG), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Pr. Marco Feliciano (PL-SP), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Zucco (PL-RS).

Próximo passo cabe à Mesa Diretora

Agora, a Mesa Diretora da Câmara dos Deputados vai decidir se aplica a censura escrita e se envia representações ao Conselho de Ética.

“O papel da Corregedoria é institucional. Atuamos com imparcialidade, analisamos cada conduta de forma individual e cumprimos o nosso compromisso de agilidade, entregando nosso relatório passados 22 dias úteis da representação, ou seja, metade do prazo. Agora, cabe à Mesa decidir sobre as recomendações apresentadas”, disse o corregedor em nota.

Com informações da Agência Câmara de Notícias