O deputado estadual Leandro de Jesus (PL) afirmou nesta quarta-feira (23), em entrevista ao PS Notícias, que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, tem como objetivo “destruir e prender” o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para o parlamentar baiano, as medidas cautelares recentemente impostas pelo STF visam acelerar esse desfecho.
“Todos sabem que o grande objetivo de Alexandre de Moraes, que atua como sujeito político sentado na cadeira do STF, é destruir Bolsonaro. Ele quer colocar Bolsonaro na cadeia e não podemos permitir que isso aconteça”, disparou o deputado.
A fala ocorre no mesmo dia em que Moraes deve decidir se aceita as justificativas apresentadas pela defesa de Bolsonaro sobre o suposto descumprimento da medida cautelar que o proíbe de usar redes sociais, direta ou indiretamente.
Para Leandro, a decisão de impedir Bolsonaro de usar redes sociais e aparecer em perfis de terceiros afeta não apenas o ex-presidente, mas também aliados e a própria imprensa.
“Estamos sofrendo uma censura com essas decisões do STF. Não apenas Bolsonaro, que foi proibido de usar as redes sociais, conceder entrevistas e aparecer em perfis de terceiros, mas também a própria imprensa e aliados foram atingidos”, disse.
Perseguição política
Forte aliado da família Bolsonaro, Leandro de Jesus voltou a criticar a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado em andamento no Supremo. De acordo com o bolsonarista, todo o processo que levou Bolsonaro a se tornar réu reflete um cenário de perseguição política.
“Estamos vivendo uma ditadura, que já vínhamos denunciando e que só tende a piorar. Por trás de um ato tão grave, promovido por Alexandre de Moraes por meio de decisões tirânicas, está a perseguição política contra Bolsonaro. Estamos falando da investigação de um golpe que nunca aconteceu”, afirmou.
Na terça-feira (22), Leandro assinou o pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, protocolado no Senado pelo também deputado estadual Cristiano Caporezzo (PL-MG). O documento, com vinte páginas, acusa o magistrado de abuso de autoridade, censura e uso político da magistratura para perseguir opositores ideológicos.
Entenda as medidas cautelares
Desde que foi alvo de mandados de busca e apreensão da Polícia Federal, na última sexta-feira (18), Bolsonaro passou a cumprir uma série de determinações impostas pela Justiça. Ele é investigado por tentar atrapalhar as apurações sobre a tentativa de golpe de Estado.
Além de estar proibido de usar as redes sociais, o ex-presidente foi obrigado a usar tornozeleira eletrônica. Também está impedido de conceder entrevistas, manter contato com outros investigados e sair de Brasília, podendo circular pela cidade apenas entre 7h e 19h.
O descumprimento de qualquer uma dessas restrições pode levar à revogação das medidas e à prisão do ex-presidente.