Política

Diego Castro critica denúncia da PGR contra Eduardo Bolsonaro: "Atropelo à imunidade parlamentar"

Em entrevista ao PS Notíciais, deputado defendeu que decisão sobre processo deveria caber à Câmara

Foto: Divulgação
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O deputado estadual Diego Castro (PL-BA) criticou nesta quinta-feira (25), em entrevista ao PS Notícias, a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por coação no curso do processo da trama golpista.

O parlamentar baiano classificou a decisão como uma tentativa de “atropelar a imunidade parlamentar” do aliado e, ao lembrar da condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que políticos de direita estão sendo “perseguidos” pelo Judiciário.

“O que estamos vendo é um grande atropelo à imunidade parlamentar. Acredito, no entanto, que isso precisa ser revisto. O parlamentar de direita está em uma condição de perseguido político, estão censurados”, disse.

Diego defendeu ainda que a Câmara dos Deputados deveria ser responsável por decidir se Eduardo poderia ou não ser processado criminalmente.

“A PGR promoveu a denúncia e quem vai decidir é o Poder Judiciário, o que não deveria. A decisão deveria ser da Câmara, que tem autonomia de acordo com a Constituição Federal”, criticou.

Entenda

Se tivesse avançado no Senado, a PEC da Blindagem poderia beneficiar Eduardo Bolsonaro e outros parlamentares investigados no Supremo Tribunal Federal (STF), já que previa aval prévio do Congresso para que deputados e senadores fossem processados criminalmente.

O filho do ex-presidente Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por atuar nos Estados Unidos para pressionar o governo de Donald Trump a sancionar autoridades brasileiras durante o julgamento do pai no processo da trama golpista.

Nesta semana, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou denúncia ao STF por coação em processo judicial.

Segundo o órgão, Eduardo buscou interferir no julgamento ao acionar o governo norte-americano para impor sanções e tarifas contra o Brasil e contra autoridades do Judiciário como forma de represália.