Investigação

Diego Castro sinaliza que acionará MP-BA após demissão de funcionária por apoiar Bolsonaro

Deputado acompanha caso em Iaçu, na Chapada Diamantina

Veja o resumo da noticia

  • Diego Castro vai acionar o MP-BA para investigar a denúncia de que uma funcionária do Colégio Estadual Lauro Farani, em Iaçu, teria sido demitida por apoiar Jair Bolsonaro.
  • O deputado destacou que retaliações por opiniões políticas são inaceitáveis e reforçou a importância de preservar a liberdade de expressão no ambiente escolar.
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Foto: Reprodução/Redes Sociais

O deputado estadual Diego Castro (PL) disse que vai entrar com uma ação no Ministério Público da Bahia (MP-BA) para que seja investigada uma denúncia de que uma funcionária do Colégio Estadual Lauro Farani Pedreira de Freitas, em Iaçu, na Chapada Diamantina, teria sido demitida após apoiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em publicações nas redes sociais.

Na última quarta-feira (17), o parlamentar visitou a unidade escolar. Além da funcionária, identificada como Patrícia Almeida dos Santos, Diego afirmou que ouviu relatos de que estudantes da escola também sofreram “ameaças e intimidações” por posicionamentos políticos.

“Não podemos permitir que uma funcionária ou mesmo os estudantes sofram retaliações por suas opiniões políticas. Estamos tomando as devidas providências junto ao MP para garantir que a liberdade de expressão seja respeitada. A Constituição assegura esse direito a todos os brasileiros, independentemente de suas convicções”, disse o deputado.

Diego também falou sobre a importância de que episódios como esse sejam apurados de forma transparente.

“É fundamental preservar princípios como a liberdade de cátedra e de expressão. O ambiente escolar deve ser um espaço de construção de conhecimento, sem censura ou perseguição. Estaremos atentos para que medidas legais sejam adotadas e para que a verdade seja restabelecida”, completou.

Demissão

Patrícia Almeida dos Santos teria sido demitida depois de uma postagem em seu WhatsApp pessoal com imagens de uma das manifestações em prol de Jair Bolsonaro, condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.

“No dia 3 de agosto, postei em minha rede social privada algumas fotos referindo-se à manifestação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Essas fotos foram suficientes para causar minha demissão. Dois dias depois, a empresa para a qual presto serviço me enviou uma carta via WhatsApp informando que eu estava sendo desligada a pedido da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, com aviso prévio até 6 de setembro”, explicou a funcionária.