O ex-presidente Jair Bolsonaro pediu desculpas ao ministro Alexandre de Moraes e a outros integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) por críticas e acusações feitas a eles durante uma reunião ministerial ocorrida em julho de 2022. Bolsonaro está sendo ouvido nesta terça-feira (10), e é um dos oito réus que vão prestar depoimento sobre a trama golpista.
Questionado por Moraes sobre as declarações feitas sobre ele e os ministros Edson Fachin e Luís Roberto Barroso, Bolsonaro afirmou que “era uma reunião para não ser gravada. Então, me desculpe, não tive intenção de acusar de desvio de conduta contra os três”.
O ex-mandatário negou ter realizado qualquer ação ilegal e disse que não saiu das “quatro linhas da Constituição”.
“Não me viram desrespeitar uma só decisão. Em nenhum momento eu agi contra a Constituição. Eu joguei dentro das quatro linhas o tempo todo. Muitas vezes me revoltava, falava palavrão, sei disso. Mas, no meu entender, fiz aquilo que tinha que ser feito”, afirmou.
O interrogatório ocorre no âmbito da ação penal que avalia se Bolsonaro e os outros sete réus planejaram um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Lula no final do ano de 2022. Os oito são acusados de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.
A PGR acusa Jair Bolsonaro de ter liderado uma conspiração golpista iniciada em 2021, com os repetidos questionamentos sobre a confiabilidade e segurança das urnas eletrônicas. Em 2022, após perder as eleições, o ex-presidente teria começado a articular um plano para evitar a posse de Lula.
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