O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (UB), e o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), voltaram a protagonizar embate de forma indireta neste início de semana. Ambos são virtuais candidatos ao governo do Estado nas eleições do ano que vem.
Em agenda na cidade de Casa Nova, neste domingo (13), ACM Neto concedeu entrevista coletiva enquanto participava da Festa do Interior. Ele criticou a condução do governador Jerônimo Rodrigues no que diz respeito ao desenvolvimento econômico no interior baiano.
O ex-prefeito citou, como exemplo, o potencial da fruticultura no Sertão do São Francisco. A região produz frutas como mangas, uvas e outras culturas com vocação para a exportação.
“Chamamos atenção, desde a eleição passada, para o potencial da fruticultura e para o que se pode ampliar em termos de plantas industriais. É possível atrair investimentos nacionais e internacionais que gerem empregos, aumentem a produção da região e deem à Bahia um peso ainda maior no mercado brasileiro e no cenário de exportação”, disse Neto.
Ainda segundo o ex-prefeito da capital baiana, o governo estadual não tem conseguido enxergar a força produtiva do interior e suas potencialidades.
“Isso tudo mostra a necessidade de um novo olhar, de uma nova visão para o futuro, especialmente para quem acredita na força produtiva do interior da Bahia e no estímulo às vocações de cada uma das suas regiões”, externou.
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Ironia
Por outro lado, o governador Jerônimo Rodrigues rebateu as críticas. Em entrevista concedida na manhã desta segunda-feira (14), em Salvador, o chefe do Executivo baiano ironizou a atuação de Neto fora da política.
“Ele agora é um dançarino, não vi ele fazendo nada, só dançando forró. E dançava muito mal. Vou ter que botar ele em uma escola de dança, porque ele dança mal”, brincou o petista.
Reunião com o setor produtivo
A resposta do governador ocorreu momentos antes de uma reunião que teria com o setor produtivo baiano. Dessa forma, o encontro ocorreu após a imposição da tarifa de 50% do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos produtos exportados pelo Brasil para o mercado norte-americano.
“Eu quero ouvir qual a demanda do setor, da Fieb [Federação das Indústrias do Estado da Bahia], da Faeb [Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia], da Fecomércio [Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia], para que eu possa colocar na pauta do presidente do Brasil. O que o setor produtivo colocar aqui, analisarei e pegarei nas mãos, como sempre faço, para defender a produtividade do Brasil”, disse o governador Jerônimo Rodrigues.
