Política

João Roma e Alden criticam prisão domiciliar de Bolsonaro e acusam Judiciário de perseguição política

Foto: Câmara dos Deputados/ Divulgação
Foto: Câmara dos Deputados/ Divulgação

Aliados de Jair Bolsonaro (PL) criticaram na segunda-feira (4) a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente por descumprimento de medidas cautelares após participação virtual em manifestações no fim de semana.

O presidente do PL na Bahia, João Roma, disse que a decisão revela um “Judiciário apartado da Lei”, que estaria agindo com viés ideológico.

“A prisão domiciliar do presidente Jair Bolsonaro escancara a verdadeira face de um Judiciário que serve exclusivamente à sua ideologia e aos seus próprios interesses”, escreveu nas redes sociais.

Roma afirmou ainda que medidas como essa representam um enfraquecimento da democracia e reforçam a ideia de que Bolsonaro é “perseguido politicamente”.

Já o deputado federal Capitão Alden (PL-BA), vice-líder da oposição na Câmara, classificou a decisão como “ilegítima” e também apontou um suposto uso político do Judiciário.

“O povo brasileiro foi às ruas de forma pacífica, legítima e democrática no domingo. E, como resposta, temos uma medida extrema e questionável contra o maior líder da oposição, sem condenação, sem julgamento e sem risco concreto que a justifique. Trata-se de uma retaliação política ao povo que ousou levantar sua voz”, afirmou.

Entenda

Na noite de segunda-feira (4), o ministro Alexandre de Moraes determinou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro por reiterado descumprimento de medidas cautelares. A decisão também proibiu visitas ao ex-presidente e autorizou a apreensão de celulares em sua residência.

Segundo Moraes, Bolsonaro usou as redes sociais de aliados para divulgar mensagens com claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao STF e apoio à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro.

Um dos episódios citados ocorreu no domingo (3), durante uma manifestação em Copacabana, no Rio de Janeiro, em defesa da anistia e contra o STF. Bolsonaro participou por videoconferência e o vídeo foi publicado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), mas apagado algumas horas depois.

Bolsonaro é réu na ação que investiga uma tentativa de golpe de Estado e passou a cumprir medidas cautelares após ser acusado de tentar obstruir as investigações.

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