Foto: Reprodução/ Redes sociais
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Lideranças do PL na Bahia reagiram neste sábado (22) à prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes e cumprida pela Polícia Federal em Brasília. Os parlamentares classificaram a medida como política, desproporcional e perigosa para o ambiente institucional do país.

O presidente do PL na Bahia e ex-ministro da Cidadania, João Roma, disse ver “indignação profunda” e apontou perseguição contra o ex-presidente. Ele afirmou que a prisão ocorre em um momento de fragilidade da saúde de Bolsonaro e que a decisão busca pressioná-lo.

“Estão querendo torturar Bolsonaro, física e psicologicamente, usando o aparato estatal para pressionar, humilhar e destruir quem representa milhões de brasileiros.”

Já o deputado estadual Diego Castro afirmou que a conversão da prisão domiciliar em preventiva agrava um cenário de restrições ao direito de defesa no país. Ele também cobrou posicionamento firme de bancadas no Congresso e criticou a passividade de parte da oposição.

“Não adianta falar em união para 2026 e permanecer passivo agora. Quem pretende contar com o apoio do eleitorado conservador precisa se posicionar neste momento e defender Jair Bolsonaro.”

Quem também usou as redes para se posicionar foi o deputado federal Capitão Alden. O legislador classificou a medida como um avanço político do STF e afirmou que o episódio mostra “duplo padrão” em relação a outros casos. Ele disse que a justificativa usada por Moraes reforça um ambiente de insegurança jurídica.

“Com Bolsonaro, bastou anunciar uma vigília e, em menos de 24 horas, o STF ordenou a prisão preventiva, sob o argumento genérico de ‘garantia da ordem pública’. O duplo padrão é gritante.”

Contexto da prisão

O ex-presidente foi detido pela PF após decisão de Moraes, que citou risco de fuga, uma vigília convocada por aliados e um alerta de possível tentativa de romper a tornozeleira eletrônica. Bolsonaro passou por exame de corpo de delito e está custodiado na sede da PF, em Brasília. A audiência de custódia ocorre neste domingo (22), às 12h.

Bolsonaro cumpria prisão domiciliar desde de agosto. A medida foi determinada por Moraes após o ex-presidente descumprir restrições impostas em 18 de julho ao participar, por telefone, de uma manifestação bolsonarista.

Em setembro, ele foi condenado pela Primeira Turma do STF a 27 anos e três meses de prisão por comandar uma trama golpista entre junho de 2021 e janeiro de 2023.